Indústria

Sem público no Beira-Rio, Inter aposta no diferencial da relação com sócios

Com portões fechados, clube ativa campanhas de marketing com associados durante pandemia

Sem público no Beira-Rio, Inter aposta no diferencial da relação com sócios

02 de setembro de 2020

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A pandemia impactou fortemente o mundo do futebol. Apesar do retorno dos torneios, os estádios com portões fechados causam um prejuízo generalizado, para clubes e ligas. Mas afinal, será que os torcedores voltarão aos jogos assim que ocorrer a liberação ou as preocupações com a saúde prevalecerão?

No Brasil, muitos acreditam que a presença de público nas arenas só será segura depois que houver uma vacina contra o coronavírus, ou seja, provavelmente em 2021. Na contramão de uma crise de bilheteria, o Internacional aposta na retenção dos seus sócios e o seu histórico de desenvolver campanhas que oferecem benefícios muito além dos ingressos.

“Temos uma vantagem em relação aos europeus e americanos, que trabalham com season-tickets. Nos trabalhamos com sócios e, além de ingressos, oferecemos outras vantagens. Não ficamos tão desprovidos de receitas. Ativamos campanhas de marketing para retê-los. Tivemos que frear a curva, que é natural e compreensível, e investimos em campanhas para os associados”, disse Marina Tranchitella, Gerente Executiva de Operações do Internacional, em entrevista ao MKTEsportivoCast.

Na Europa, a UEFA já anunciou que a SuperCopa, que será em Budapeste, na Romênia, servirá como um teste de retomada do torcedor ao liberar 30% da capacidade da Puskas Arena. Já de acordo com uma pesquisa feita pela Seton Hall University, 61% dos fãs de esportes dos Estados Unidos declararam que não voltarão aos ginásios/estádios até que exista uma vacina contra o coronavírus. Entre os americanos que não se intitulam fãs de esportes, este número sobe 72%. Por aqui, a profissional prefere adotar uma cautela sobre números.

“É necessário ter cuidado com percentual. 25% do Maracanã é diferente de 25% do Beira Rio, que é diferente de 25% da Vila Belmiro. Operacionalmente falando, podemos ter a separação na entrada do estádio, nas arquibancadas e cadeiras. Mas tenho que me preocupar também com alimentação, bebidas e banheiros. A exigência dos protocolos são tão altas que trabalhamos muito [apesar da ausência de público]. Estamos muito envolvidos em um cenário de portões fechados”, completou.

No Campeonato Brasileiro do ano passado, o Inter fechou no TOP 4 das maiores bilheterias do torneio.

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