A Honda anunciou que sairá da Fórmula 1 para se dedicar integralmente ao desenvolvimento de tecnologias de bateria e energia voltadas para carros elétricos.
Por meio de uma nota assinada pelo presidente e diretor-executivo da companhia, Takahiro Hachigo, a Honda destacou que alcançou seu objetivo de vitórias trabalhando com a Red Bull Racing e a Scuderia AlphaTauri, e que agora pretende focar seus esforços nas novas tecnologias.
“Conforme a indústria automotiva passa por um período de grande transformação que só acontece uma vez a cada cem anos, a Honda decidiu batalhar para ‘alcançar neutralidade de carbono até 2050’, Este objetivo vai ser buscado como parte das iniciativas ambientais da Honda, que são uma de nossas principais prioridades como uma fabricante no setor de mobilidade. Para este fim, a Honda precisa afunilar seus recursos corporativos para pesquisa e desenvolvimento nas áreas de unidades energéticas do futuro e tecnologias de energia, incluindo veículos de célula de combustível (FCV) e tecnologias para baterias EV (BEV), que serão o centro das tecnologias livres de carbono”, comunicou Hachigo.
Diante da repercussão da notícia, a Honda tratou de deixar claro que será uma saída lenta e gradual, que ocorrerá de maneira definitiva no fim de 2021. Até lá, a fabricante permanece na sua parceria com as duas escuderias da F1.
“Sobre parceiros, um fator-chave para competir na F1, fomos privilegiados em trabalhar com a AlphaTauri desde 2018 e a Red Bull desde 2019. Os membros da AlphaTauri, que era Toro Rosso na época, acreditaram no potencial da Honda e assinaram contrato conosco. A AlphaTauri Honda conquistou sua primeira vitória no GP da Itália do mês passado, a 50ª prova em que competimos juntos. Foi o resultado de incontáveis esforços e não temos palavras para descrever a satisfação que vivemos na Honda”, completou o executivo.
Ao todo, foram quatro passagens da Honda pela F1. A primeira, como construtora, entre 1964 e 1968; como fornecedora de motor entre 1983 e 2005; entre 2006 e 2008, novamente como construtora; e, por fim, fornecedora de motor entre de 2015 a 2021.
