O futebol voltou sem público nas arquibancadas. A NBA montou uma bolha e agora está em sua série decisiva. A F1, com menos circuitos, está com o calendário 2020 em atividade. As maratonas e corridas de rua, no entanto, sentiram o baque da pandemia. A palavra “reinvenção” nunca fez tanto sentido para os organizadores de provas que buscam adequar o formato para que consigam entregar suas edições deste ano.
A Maratona do Rio, maior festival de corridas da América Latina, se viu obrigada a antecipar iniciativas que chegariam apenas nos próximos anos para o atual ciclo. Em 2020, a aposta dos organizadores é uma prova virtual, que poderá ser realizada de qualquer lugar do país, por meio do aplicativo Running Heroes.
“Por conta da pandemia tivemos que repensar todo o festival e o projeto para 2020. Aceleramos três anos em quatro meses. Tudo que estava no nosso planejamento dos próximos três anos antecipamos e implementamos em apenas quatro meses, como nossa plataforma virtual, novidade deste ano”, disse Fernanda Cozac, diretora de matketing da Maratona do Rio, em entrevista o MKTEsportivoCast.
Outra novidade deste ano será uma plataforma de conteúdo. Batizada de ‘Clube Maratona do Rio + Alegria’, a iniciativa vai oferecer descontos em produtos de parceiros e serviços exclusivos até dezembro deste ano. Sobre esta ampliação da entrega no digital, Fernanda destacou que já estava no escopo da organização.
“Já estava em nosso planejamento a intenção de aumentar nossa presença no digital, entendendo a Maratona do Rio como uma potente plataforma de comunicação que tem no festival de corrida o seu grande momento. Ao observamos os dados sobre a comunidade de corrida de rua, analisamos como estes atletas estavam se adaptando ao momento de pandemia. Percebemos que a vontade de correr só aumentava. A partir daí, decidimos que não correr não seria uma opção”, salientou.
Longe de ser uma novidade, as corridas virtuais acabaram virando uma tendência para este ano diante do cenário imposto. Para chegar ao formato ideal, a Maratona do Rio buscou referência em provas consagradas, como a de Nova York. Como principal norte, a experiência do corredor.
“Realizamos diversos estudos relacionados a provas virtuais, como as recém-realizadas em outras países, e percebemos um aumento nas buscas da tag de corrida virtual. Vimos um comportamento ascendente no Brasil. O benchmarking foi fundamental para adotarmos as melhores práticas em prol da experiência”, completou Fernanda.
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