Indústria

Por centralização, Liga Portuguesa venderá direitos de transmissão em conjunto

Em Portugal, o principal problema é o abismo de ganhos de Benfica, Porto e Sporting em relação aos demais clubes

Por centralização, Liga Portuguesa venderá direitos de transmissão em conjunto

27 de janeiro de 2021

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A Liga Portuguesa mudará o seu sistema e passará a vender os seus direitos de transmissão de maneira conjunta. A entidade assinou um acordo com a Federação de Futebol para criar uma sociedade entre as duas partes visando negociar com os grupos de mídia no futuro. Em Portugal, as negociações por direito de transmissão são feitas de maneira individual, como no Brasil.

“A gestão centralizada dos direitos de transmissão televisiva constitui uma ferramenta nuclear para um desenvolvimento acelerado do futebol profissional em Portugal”, destacou a entidade.

Apesar do anúncio ter sido feito esta semana, a Liga e a Federação destacaram que o processo de centralização das negociações só estará disponível a partir da temporada 2027/2028.

“A assinatura deste memorando de entendimento é um passo determinante no caminho de crescimento e sustentabilidade do futebol português e a prova do alinhamento estratégico existente entre a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol em relação aos modelos de comercialização dos direitos audiovisuais em Portugal”, disse o presidente da Liga, Pedro Proença.

“A sustentabilidade e o desenvolvimento do futebol nacional no seu todo estão intimamente ligados a esta negociação”, completou o presidente da federação portuguesa, Fernando Gomes.

Hoje, o principal problema é o abismo de ganhos de Benfica, Porto e Sporting em relação aos demais participantes. O Benfica, por exemplo, chega a ganhar doze vezes mais do que alguns dos times.

Sem a centralização que iniciará no futuro, o que se vê em Portugal é um número elevado de grupos de mídia comandando as transmissões. O Benfica, por exemplo, tem um canal próprio, tanto online quanto para a televisão. Já o Porto, além de uma plataforma própria, tem um contrato com a MEO para a TV.

Como resultado, estima-se que 60% da receita com direitos deixam de entrar nos cofres por conta das exibições piratas.

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