A Football Association (FA) e a Premier League uniram forças e mandaram uma carta aberta para os responsáveis pelo Facebook e Twitter exigindo ações mais rigorosas contra os abusos digitais e crimes de ódio.
Nas últimas semanas houve um aumento de jogadores sofrendo ataques racistas nas redes sociais. O meio-campista do Swansea, Yan Dhanda, foi o principal alvo na noite de quarta-feira (10), fazendo com que os organismos do futebol inglês se mobilizassem em prol de uma ação. Lauren James, Marcus Rashford e Axel Tuanzebe, do Manchester United, Romaine Sawyers, do West Brom, e o lateral Reece James, do Chelsea, também foram alvos recentes.
A carta foi enviada ao fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e ao CEO do Twitter, Jack Dorsey, assinada por dirigentes da FA, Premier League, English Football League (EFL), Professional Footballers’ Association (PFA), League Managers Association (LMA), Professional Game Match Officials Board (PGMOL) e Kick It Out. As organizações afirmam que as plataformas de mídia social seguem sendo “paraísos para abusos”.
“Sua inação criou a crença nas mentes dos perpetradores anônimos de que eles estão fora do alcance. O fluxo implacável de mensagens racistas e discriminatórias se alimenta de si mesmo: quanto mais é tolerado pelo Twitter, Facebook e Instagram, plataformas com bilhões de usuários, mais se torna um comportamento normal e aceito”, destaca um trecho da carta.
Os órgãos de futebol da Inglaterra se reuniram e identificaram quatro áreas-chave que precisam ser abordadas. Para eles, as mensagens e postagens devem ser filtrados e bloqueadas antes de serem publicadas se carregarem material racista ou discriminatório.
