Coluna

Gol contra no marketing esportivo

A minha paixão pelo esporte vem desde pequeno e muito desse encantamento se deve aos ídolos. Felizmente sou da geração de Ayrton Senna, Gustavo Kuerten, […]

Gol contra no marketing esportivo

16 de março de 2021

2 minutos de Leitura

Fábio Wolff
Fábio Wolff
Fábio Wolff é sócio-diretor da Wolff Sports, e professor em cursos de MBA em Gestão e Marketing Esportivo na Trevisan Escola de Negócios

A minha paixão pelo esporte vem desde pequeno e muito desse encantamento se deve aos ídolos.

Felizmente sou da geração de Ayrton Senna, Gustavo Kuerten, Hortência, Paula e Oscar Schmidt, Zico, entre tantos outros.

Na madrugada de domingo, no momento mais crítico da pandemia que assola o país, uma operação policial em um cassino clandestino, em São Paulo, flagrou o jogador de futebol Gabriel Barbosa – popularmente conhecido como Gabigol – com centenas de pessoas. A cena do atleta saindo com o rosto coberto é bizarra…

O que a empresa Jequiti, que recentemente lançou a colônia infantil Gabigolzinho, pensa sobre esse lamentável fato?

Muitos atletas não tiveram educação e estrutura adequadas em suas formações e, ao alcançarem a fama, sentem-se como se estivessem acima do bem e do mal. No entanto, mais cedo ou mais tarde, a conta chega.

Cuidar da imagem pessoal é fundamental para se manter ou conseguir patrocínios e, para muitas empresas, não basta os atletas serem espetaculares dentro de campo, principalmente porque devem ser exemplos para os jovens.

Infelizmente os maus exemplos de jogadores de futebol não têm sido raros nos tempos atuais e as imagens expostas publicamente associadas a cassino clandestino, camburão, policiais, em nada contribuem de forma positiva para a marca dos patrocinadores.

A patrocinadora do Messi, Pepsi, relevou o fato do jogador ter sido flagrado tomando uma latinha da Coca-Cola e, com certeza, a brilhante carreira do jogador e o seu comportamento impecável tiveram um peso fortíssimo a seu favor.

Esses exemplos de postura dizem muito por parte do atleta e são o reflexo de como são escassos os ídolos no esporte atualmente. Não podemos generalizar, mas são raros os casos dos atletas que se tornam ídolos de fato, em função das atitudes dentro e fora dos gramados, quadras, piscinas, entre outros.

Não é à toa que os atletas em atividade atualmente, na maioria das vezes, são preteridos por artistas e personalidades quando as empresas buscam embaixadores de marca.

Gabigol é jovem, tem uma carreira pela frente, e poderia se inspirar no Zico, o maior jogador de futebol do Flamengo de todos os tempos.

Zico sempre foi humilde

Zico sempre teve os pés no chão

Zico nunca se envolveu em polêmicas

Zico sempre deu bons exemplos

Fica a dica…

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