A especializada Brand Finance destaca que a Superliga pode ser um grande golpe para os clubes envolvidos, principalmente no que tange o valor de suas marcas.
Para ela, a criação do novo torneio representa um baque de € 2.5 bilhões no valor da marca conjunta dos clubes, embora esse valor possa subir para € 4.3 bilhões. A Brand Finance detalha em seu relatório que a perda de reputação em seus países de origem será um prejuízo para a principal fonte de renda, além dos ganhos obtidos em mercados como os Estados Unidos ou China, sendo países onde as ligas nacionais são as mais populares, de acordo com a Pesquisa de Fãs de Futebol da consultoria.
“Se os clubes fundadores da Superliga acham que o mercado chinês é um espaço disponível para eles preencherem, eles estão diante de uma surpresa muito desagradável quando descobrem que existe apenas uma verdadeira Superliga na China”, destacou David Haigh, CEO da Brand Finance.
“Os clubes fundadores não estão levando em conta o risco que estão assumindo com os fãs ou o risco de reputação para suas marcas”, acrescentou Teresa de Lemus, diretora administrativa da consultoria na Espanha.
“O sentimento dos fãs nas redes é esmagadoramente negativo, com os postos negativos superando os positivos em 3 para 1. Esses sentimentos negativos inevitavelmente levarão a gastos e receitas comerciais mais baixos nos países de origem dos clubes, que continuam sendo a principal fonte de receita de qualquer clube europeu”, finalizou adverte Hugo Hensley, chefe de serviços esportivos da Brand Finance.
A perda anual para os clubes fundadores será de € 1.1 bilhão de receita por temporada e todas as marcas sofrerão danos de reputação significativos de até € 2.5 bilhões como um todo, resultado da queda no faturamento dos direitos de transmissão, receita comercial e receita no dia do jogo, se a Uefa não permitisse que os times competissem na Champions League e que as ligas nacionais os excluíssem.
