A crise política na Colômbia forçou a Conmebol a desistir de realizar a Copa América em duas sedes. Uma reunião com a presença da entidade sul-americana e autoridades de Colômbia e Argentina confirmou que o torneio, que começa no próximo dia 13 de junho, não terá mais a Colômbia.
O problema é a tensão política que o país vive, com dezenas de mortos em meio aos protestos da população, que tiveram início contra uma reforma tributária e se transformaram em críticas diversas ao governo de Iván Duque, cobrado por suas ações na pandemia de Covid-19 e por problemas de emprego e educação.
A situação se agravou na semana passada, quando duelos da Copa Libertadores foram realizados na Colômbia em um cenário de perigo. Nacional do Uruguai e o Atlético Nacional de Medellín, disputada na cidade de Pereira, foi atrasada após manifestantes bloquearem o hotel do time uruguaio. No dia seguinte, atletas do Atlético-MG e América de Cali sofreram os efeitos de gás lacrimogêneo dentro do estádio.
Na terça-feira (18), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, já havia colocado o seu país à disposição da Conmebol para assumir as partidas que originalmente seriam sediadas na Colômbia.
Apesar de o país dizer que conseguiria manter a ordem para a realização dos jogos, a entidade sul-americana achou melhor transferir todo o torneio para a Argentina. A competição ocorre entre 13 de junho e 11 de julho.