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A pandemia nos tornou mais eficientes?

A pandemia acelerou tendências, reuniões por conference call tornaram-se normal, enfim, a Covid-19 impôs uma ruptura marcante no estilo de vida de todos. Ganhamos um […]

A pandemia nos tornou mais eficientes?

22 de julho de 2021

2 minutos de Leitura

Fábio Wolff
Fábio Wolff
Fábio Wolff é sócio-diretor da Wolff Sports, e professor em cursos de MBA em Gestão e Marketing Esportivo na Trevisan Escola de Negócios

A pandemia acelerou tendências, reuniões por conference call tornaram-se normal, enfim, a Covid-19 impôs uma ruptura marcante no estilo de vida de todos.

Ganhamos um tempo precioso, afinal, muitas vezes o deslocamento de uma região para outra em São Paulo, para uma reunião, podia nos tomar metade do dia. Passamos a aproveitar melhor o nosso tempo, pois é possível organizar vários calls, um na sequência do outro. E o que dizer das viagens aéreas para uma única região em outro estado?

Mas isso nos tornou mais eficientes?

Confesso que me sinto mais produtivo ao terminar um call e me encontrar na minha mesa para uma reunião interna ou trabalhar no laptop. Por outro lado, inúmeras vezes uma reunião presencial foi fundamental para o início de uma parceria ou um fechamento de negócio. Em certas ocasiões, nada substitui o olho no olho presencial. Isso está ainda mais evidente.

Quantas reuniões presenciais começaram com perguntas dos clientes sobre os bastidores do esporte, do futebol, curiosidades… Em muitas delas o bate papo correu solto e somente em 10% do tempo falamos de negócios, que resultaram em negociações fechadas.

A tecnologia tem facilitado em muito as nossas vidas, mas tem nos feito, de fato, sermos mais eficientes?

Eu acredito que apenas após a pandemia, quando a vida voltar ao normal, se é que isso irá acontecer, poderemos responder a estas indagações.

Se por um lado, a pandemia nos proporciona um tempo maior, ao mesmo tempo, acabamos até trabalhando mais.

Será preciso ter atenção para que o modo mais cômodo não restrinja o potencial de fechar mais negócios, afinal o novo formato é interessante, mas nunca substituirá o olho no olho.

O momento atual nos impõe mais uma vez a necessidade de reinvenção, de uma nova busca pela eficiência.

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