A Olimpíada de Tóquio disputada em meio à pandemia fez a NBC, detentora com exclusividade dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos nos EUA, ver sua audiência na Tv cair. Por outro lado, os números da emissora no streaming estão aumentando.
Nos primeiros dias de disputas em Tóquio, a audiência olímpica do horário nobre da TV americana (período da noite) caiu 43% na comparação com os Jogos do Rio de Janeiro.
Até o dia 27 de julho, a audiência total da rede NBC, entre TV aberta e os canais a cabo e streaming NBCSN, USA Network, CNBC, Peacock e outros meios de streaming, alcançou um total de 17.5 milhões de espectadores. No mesmo período no Rio 2016, o alcance foi de 30.4 milhões de pessoas.
Alguns motivos justificam a queda, como por exemplo, a diferença de fuso horário. No Rio, as principais competições aconteciam praticamente no mesmo horário tanto nos EUA quanto aqui.
Além disso, alguns dos grandes nomes do esporte americano fora da disputa por medalhas. A primeira semana do Rio 2016 contou com as disputas de Michael Phelps na natação, que elevaram as audiências nos Estados Unidos. A presença de Simone Biles também. Em Tóquio, Phelps é comentarista da NBC, enquanto a ginasta pediu para não competir.
Já sobre o crescimento do streaming, até agora, as primeiras quatro noites de competição em Tóquio representaram a maior audiência já obtida pela NBC. No dia 26 de julho a rede obteve 746 mil espectadores por minuto, recorde até agora.
Tóquio 2020 é visto pela NBC como fundamental para turbinar a venda de assinaturas de streaming. Brian Roberts, executivo-chefe da Comcast, empresa controladora da NBC, afirmou na apresentação dos resultados financeiros da empresa que os Jogos ajudaram a aumentar as inscrições da Peacock para mais de 54 milhões de pessoas, sendo que hoje o serviço de streaming tem mais de 20 milhões de contas mensais ativas. No trimestre anterior, sem o evento, eram 42 milhões de inscritos e 14 milhões de contas ativas.
Apesar da audiência mais baixa, Jeff Shell, presidente-executivo da NBC, afirmou que os Jogos serão lucrativos para a empresa.
“Tivemos um pouco de azar, houve uma onda de negatividade sobre o evento, os Jogos mudaram um ano, estão sem espectadores. Mesmo com todo esse cenário, vamos ser lucrativos nessas Olimpíadas, e estamos muito felizes com isso”, declarou Shell.