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Federação espanhola apoia Barcelona e Real Madrid contra acordo bilionário da LaLiga

Entidade afirma que o acordo aumenta a desigualdade entre clubes e pode comprometer futuro do futebol espanhol

Federação espanhola apoia Barcelona e Real Madrid contra acordo bilionário da LaLiga

11 de agosto de 2021

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A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) expressou seu apoio ao Barcelona e Real Madrid contra o acordo bilionário anunciado pela La Liga com a CVC Capital Partners. No comunicado, a federação alega que o acordo “aumenta a desigualdade” entre os clubes e que poderia afetar o futuro da competição.

“Esse acordo impossibilita de maneira capital e definitiva uma evolução razoável do formato da competição de futebol profissional na Espanha. A RFEF, consciente de diversas queixas e comentários de clubes da primeira e da segunda divisão, comunica sua firme oposição ao acordo”, declarou a federação espanhola.

Barcelona e Real Madrid manifestaram-se contra o acordo. A LaLiga anunciou que a CVC investiria € 2.7 bilhões no torneio, em troca de 10% de suas receitas e participação de 11% nos negócios.

Os merengues prometem entrar com ações na Justiça contra o presidente de La Liga, Javier Tebas, e também contra Javier de Jaime Guijarro, responsável pelo fundo CVC Capital Partners.

Pelos termos do acordo, todos os clubes envolvidos nas duas principais divisões do futebol espanhol se comprometerão a gastar 90% do montante de € 2.7 bilhões em projetos de infraestrutura, marketing e construção de marca, com foco também em tecnologia, dados e desenvolvimento de conteúdo digital.

No mês passado, a LaLiga revelou que a Covid-19 levou a uma queda de 65% nos lucros dos clubes espanhóis das duas principais divisões na temporada 2020/2021, inteiramente disputada em meio à pandemia.

Com relação à CVC, recentemente ela concluiu um acordo para comprar uma participação de 14.3% na Six Nations Rugby, torneio de rugby europeu, por € 429.2 milhões. Além disso, a empresa de patrimônio privado irá desembolsar US$ 300 milhões para adquirir uma participação de 33% de um veículo que gerencia os direitos comerciais da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

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