Streaming

Netflix abre o jogo sobre transmissões ao vivo na plataforma

Empresa alega que falta de exclusividade inviabilizaria investimentos

Netflix abre o jogo sobre transmissões ao vivo na plataforma

23 de setembro de 2021

2 minutos de Leitura

A Netflix parece cada vez mais flexibilizar a sua posição de não oferecer conteúdos ao vivo aos seus clientes. Isso não quer dizer que o fará no curto prazo. Em entrevista à revista alemã Der Spiegel, o CEO da empresa, Reed Hastings, afirmou que a Netflix não depende de notícias ou esportes ao vivo para atrair mais assinantes, mas não se mostra mais irredutível como no passado. Ele embasa sua posição no sucesso da série documental “Drive to Survive”, da Fórmula 1, que foi responsável pelo crescimento de 39% na audiência da categoria de 2019 a 2021.

“Há alguns anos, os direitos da Fórmula 1 foram vendidos. Naquela época, não estávamos entre os concorrentes, hoje pensaríamos nisso”, disse Hastings. No caso da F1, a Amazon, rival da Netflix, já discutiu sobre sua inclusão no Prime Video.

No entanto, um ponto levantado por Hastings, e que impossibilitaria uma briga por direitos de transmissão, é em relação a exclusividade. Com as ligas cada vez mais apostando no multiplataforma, com presença em diversas frentes, a Netflix não aceitaria não ser detentora única do ativo.

“Não somos donos da Bundesliga, eles podem fazer acordos com quem quiserem. Mas esse tipo de controle seria um pré-requisito para podermos oferecer aos nossos clientes um negócio seguro”, ressaltou o executivo.

Recentemente, o MKTEsportivo adiantou a estratégia da empresa em relação ao mercado de games. O movimento já começou com a plataforma de streaming contratando o ex-executivo da Electronic Arts e do Facebook, Mike Verdu, como vice-presidente de desenvolvimento de jogos. Ele trabalhou, por exemplo, no desenvolvimento e distribuição de ‘The Sims’, Plants vs. Zombies e na franquia Star Wars.

“Ainda temos muito o que experimentar nesta área. Cerca de 10 mil novos jogos são lançados a cada ano, um número gigantesco. Comparado a isso, produzir filmes e séries parece quase fácil”, finalizou Hastings.

Compartilhe