O plano da FIFA de ter uma Copa do Mundo a cada dois anos parece ter apoio somente dos seus dirigentes e do grupo de ex-atletas que trabalha para promover a entidade globalmente. Depois de UEFA e CONMEBOL, nesta semana, a adidas, parceira da FIFA desde 1970, também se posicionou contra tal ideia.
O CEO da empresa, Kasper Rørsted, acredita que a realização da competição com mais regularidade só iria sobrecarregar ainda mais um calendário futebolístico que já é apertado.
“Não penso muito em uma Copa do Mundo de futebol realizada a cada dois anos. Há uma Euro na Europa, uma Copa América na América Latina. Deve-se deixar espaço também para outras coisas. Sou um apaixonado pelo futebol, mas é importante que não só o futebol seja mostrado na televisão, mas também o biatlo, o esqui, o tênis ou o handball”, disse Rørsted ao jornal suíço Neue Zürcher Zeitung
Além dos ex-jogadores, como o brasileiro Ronaldo Fenômeno, os planos de um Mundial bienal estão sendo fortemente impulsionados por Arsene Wenger, ex-técnico do Arsenal que agora é o chefe de desenvolvimento global do futebol da FIFA.
Na mesma entrevista, Rørsted também criticou os planos de uma Superliga Europeia que fracassou recentemente.
Apesar de admitir que a introdução de uma nova competição beneficiaria a adidas financeiramente, o executivo acredita que o torneio “elitista” seria prejudicial para o futebol em geral.
“Financeiramente, a Super League provavelmente seria atraente para nós. No longo prazo, porém, acreditamos que o amor pelo esporte desde a infância surge de ter acesso e é algo tangível”, finalizou.