Sim, Metaverso é uma das principais tendências da indústria do esporte para 2022. Se você não está familiarizado com o tema, trata-se de um ambiente virtual compartilhado por pessoas. Todas conectadas. É uma realidade digital que combina vários aspectos de realidade aumentada e realidade virtual.
Por ser um contexto que possibilita que usuários interajam virtualmente entre si, o esporte já passou a apostar nesta frente. E que não é nenhuma novidade. Quem não lembra do fenômeno Second Life em 2003? Fora League of Legends, Fortnite, entre outros. É neste mesmo caminho.
O termo acabou ganhando muito buzz recentemente com a mudança de nome do Facebook, agora conhecido como Meta. Em seguida, a Nike anunciou a criação do seu universo dentro do jogo Roblox. O ‘Nikeland’ simula sua sede em Oregon e permite aos jogadores equipar seus avatares com produtos da marca em sua versão digital, além de interagir em jogos esportivos gratuitos, entre eles natação, atletismo ou parkour.
No mesmo jogo, a NFL lançou uma loja para disponibilizar capacetes oficiais das 32 equipes. NBA House, Cristiano Ronaldo e Manchester City também já lançaram os seus metaversos, o que apenas corrobora com a minha visão de que 2022 teremos uma “explosão” destes ambientes. Fora do esporte, Gucci, Vans, Louis Vitton e Balenciaga também já embarcaram no hype.
Sobre números, a Bloomberg Intelligence calcula que o mercado de metaverso pode atingir US$ 800 bilhões até 2024. Já a Meta anunciou investimento de US$150 milhões e a chegada de 10 mil profissionais para a criação do seu ambiente virtual.
Muito mais do que falar que metaverso é Fornite, Roblox ou qualquer outro jogo do tipo, deve-se ter em mente que nos tornamos cada vez mais virtuais do que físicos. Já praticamente não usamos dinheiro em espécie. Agora, há o avanço das criptomoedas, já visto também como um fenômeno imparável. Inegavelmente vivemos dentro de um mundo financeiro digital. No entanto, se tratando de esporte, o ambiente off-line faz toda a diferença. Portanto, não podemos deixar de lado que se trata de algo complementar, nunca excludente.
O ecossistema de games segue na vanguarda e funciona perfeitamente pois é formado, em sua maioria, por nativos digitais. Fora deste contexto, para os demais, a indústria de eSports deve ser vista como um laboratório para ambientes virtualizados. Com um propósito bem definido e sabendo atender as necessidades do público, a criação de um metaverso passa a ser útil e fazer total sentido. Se você é uma montadora, por exemplo, esqueça publicidade e outros anúncios intrusivos. Ofereça a experiência de dirigir um carro ou mesmo de personalizá-lo.
À medida que o metaverso se torna cada vez mais uma realidade, os fãs de esportes estarão mais imersos em espaços virtuais. É neste cenário que clubes, atletas e marcas podem expandir sua imaginação para saber que conteúdo e novos tipos de histórias podem fornecer e como melhor fazê-lo.
A convergência do mundo físico e virtual abre inúmeras oportunidades para o ecossistema esportivo. Se em 2021 começamos a ter iniciativas vindas de algumas marcas, equipes, ligas e atletas, o próximo ano promete estar repleto de ambientes completamente virtualizados.
Jogar, socializar, entreter, proporcionar experiências, comprar e vender ativos são pilares que compõe o metaverso e que estão em absoluta sinergia com o que se espera do esporte como negócio.
E que venha 2022!