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O que dizem os patrocinadores de Djokovic após sua ausência no Australian Open?

O tenista número 1 do mundo foi deportado e não disputará o primeiro grand slam da temporada

O que dizem os patrocinadores de Djokovic após sua ausência no Australian Open?

17 de janeiro de 2022

3 minutos de Leitura

Eduardo Esteves
Eduardo Esteves
Fundador do MKTEsportivo

A notícia que tomou o noticiário no final de semana foi a deportação de Novak Djokovic, que deixou a Austrália na manhã de domingo (16), em um avião para Dubai, horas após o Tribunal do Circuito Federal de Melbourne decidir deportá-lo. O tenista, que afirmou estar “decepcionado” com a decisão, entrou no país da Oceania sem estar vacinado contra a Covid-19 e tentava disputar o Australian Open. Em vão.

Agora, o foco voltou-se para os patrocinadores do tenistas. No âmbito comercial, é fato que a ausência no torneio prejudicará a exposição das empresas que estão com ele, já que Djokovic tinha grandes chances de chegar na final e conquistar o seu 10º título de Australian Open.

O número um do mundo acumulou mais de US$ 150 milhões em quadra em sua carreira. Fora dela, os números são igualmente impressionantes. Somente em 2021, seus acordos de patrocínio renderam cerca de US$ 30 milhões, segundo dados da Forbes. Hoje, o portfólio de Novak é repleto de grandes marcas. Lacoste, Hublot, Peugeot, Asics, Head, NetJets, Lamero, Ultimate Software Group e Raiffeisen Bank International estão entre elas. O contrato com a Lacoste foi o mais lucrativo, avaliado em cerca de US$ 9 milhões na temporada.

As marcas que estão com ele já estão sendo questionados pelos fãs sobre as atitudes tomadas por Djokovic, que, além de toda polêmica na Austrália, foi a eventos sociais mesmo tendo testado positivo para o Covid, na segunda quinzena de dezembro. De todas, por enquanto, apenas duas se posicionaram de maneira oficial.

“Novak Djokovic é dono de si mesmo. Não podemos comentar suas decisões. A Hublot continuará sua parceria com o número um do mundo no tênis”, disse a Hublot, que assinou com o tenista apenas no ano passado.

Já a Raffeissen Bank, da Áustria, que em abril de 2021 fechou contrato com o sérvio, disse que sua decisão de contratar Djokovic foi tomada muito antes das recentes manchetes do Aberto da Austrália. No entanto, deixou no ar o que fará no futuro.

“Fechamos o patrocínio muito antes da divulgação do status vacinal de Novak Djokovic ou de sua participação no Aberto da Austrália. Como patrocinador, estamos monitorando de perto a situação”, comentou o banco austríaco.

Por fim, a Lacoste também se manifestou e destacou que irá convocar o esportista para uma reunião.

“Assim que possível, entraremos em contato com Novak Djokovic para revisar os eventos que acompanharam sua presença na Austrália. Desejamos a todos um excelente torneio e agradecemos os organizadores por todos os esforços para garantir que o torneio seja realizado em boas condições para jogadores, funcionários e espectadores”, afirmou a grife de roupas.

O número 1 do mundo desembarcou na Austrália há pouco mais de uma semana e apresentou um atestado médico que o isentaria de tomar a vacina contra covid-19. O argumento era de que ele já havia sido contaminado pelo vírus em dezembro e se recuperado, mas o governo australiano não reconheceu o documento.

Então, o sérvio foi detido em um hotel de imigração, e assim começou a saga judicial, encerrada na madrugada deste domingo (noite na Austrália).

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