O MKTEsportivo destacou ontem o posicionamento adotado pela Fórmula 1 diante da invasão da Rússia à Ucrânia. Inicialmente, a categoria afirmou que estava acompanhando os desdobramentos do caso, mantendo o GP de Sochi no calendário de 2022. No entanto, a prova não fará parte do calendário este ano.
Em um comunicado, a categoria disse observar os desdobramentos no Leste Europeu com “tristeza e choque” e apontou o papel unificador do esporte como razão para a mudança. A prova estava marcada para 25 de setembro e ainda não tem uma substituta. A Turquia surge como principal substituta.
O Campeonato Mundial da Fórmula 1 visita países ao redor de todo o mundo com uma visão positiva de unir pessoas e unificar nações. Estamos observando os acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque, e esperamos por uma resolução sadia e pacífica para a situação atual. Na quinta-feira de tarde a Fórmula 1, a FIA e as equipes discutiram a posição do nosso esporte e a conclusão foi que, incluindo a visão de todas as partes interessadas, será impossível realizar o GP da Rússia nas atuais circunstâncias
Destacou o comunicado
A Rússia está no calendário da categoria desde 2014. Pilotos já haviam se posicionado contra a realização de uma etapa no país este ano.
“É horrível ver o que está acontecendo. Se você olhar pro calendário, temos uma corrida agendada na Rússia. Da minha parte, na minha opinião, eu não deveria ir. Eu não vou. É errado correr naquele país. Sinto muito pelas pessoas inocentes que estão perdendo suas vidas, sendo mortas por razões estúpidas. Uma liderança muito estranha e insana. Isso é algo que ainda vamos debater, mas a GPDA (Associação de Pilotos) ainda não se reuniu. Pessoalmente, estou chocado e triste com o que está acontecendo”, disse Sebastian Vettel.
“Quando um país está em guerra, certamente não é correto correr lá. Mas não é só sobre o que eu penso, é algo que todo o paddock deve decidir o que fazer”, acrescentou Max Verstappen, campeão da última temporada.
“Acho que temos nossa opinião e é a mesma que a de todos, só que não temos o poder de decidir. Mas com certeza podemos tomar nossas próprias decisões”, acrescentou Fernando Alonso.
Já a Haas anunciou que iniciará sua pré-temporada na Fórmula 1 com um carro sem as cores da bandeira da Rússia. Além disso, também não promoverá sua principal patrocinadora, a russa Uralkali.
A Uralkali é uma empresa russa do setor de fertilizantes, parte do grupo Uralchem e de propriedade do magnata Dmitry Mazepin, pai de Nikita Mazepin, piloto da equipe.