A FIA já havia decidido que pilotos e equipes russos e bielorrussos poderão seguir no automobilismo, mas correndo com uma bandeira neutra. Por outro lado, nesta quarta-feira (2), a entidade máxima do automobilismo britânico tomou uma decisão que pode afetar o grid da Fórmula 1 e outras categorias em 2022.
O Conselho Mundial de Automobilismo foi convocado para discutir os desdobramentos do conflito no leste europeu, após pedido da Federação de Automobilismo da Ucrânia para que o órgão regulador suspendesse as licenças de pilotos russos. Se por um lado a FIA liberou a presença de Nikita Mazepin, da Haas, para seguir no grid da F1 em 2022, além de Daniil Kvyat, piloto reserva da Alpine, a Motorsport UK, entidade que comanda o automobilismo no Reino Unido, tomou posição aposta.
Ela anunciou que o reconhecimento de licenças de pilotos da Federação Russa de Automobilismo e da Federação Bielorussa de Automobilismo está suspenso no território britânico.
“É nosso dever usar qualquer influência e aproveitar o possível para levar essa injustificável invasão ao fim. Nós encorajamos a comunidade do esporte a motor em todo o mundo a abraçarem as recomendações do Comitê Olímpico Internacional e fazer o possível para acabar com essa guerra”, disse David Richard, presidente da entidade.
Desta maneira, Mazepin deve perder o GP da Inglaterra caso a Haas opte por sua continuidade na escuderia. Vale lembrar que a equipe já retirou qualquer menção à bandeira russa do seu carro, fruto do acordo de patrocínio com a Uralkali, empresa russa do setor de fertilizantes, parte do grupo Uralchem e de propriedade do magnata Dmitry Mazepin, pai de Mazepin.