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Série da Netflix faz público da F1 aumentar em mais de 10% em algumas corridas da temporada

Lançada em 2019, a produção virou uma ferramenta de marketing digital e causou um impacto no público de algumas corridas

Série da Netflix faz público da F1 aumentar em mais de 10% em algumas corridas da temporada

29 de março de 2022

4 minutos de Leitura

O uso dos canais digitais como propaganda é algo comum atualmente, seja no comércio digital ou em qualquer outro negócio. A prova disso é o impacto da série Drive to Survive, da Netflix, no universo da Fórmula 1. Lançada em 2019, a produção virou uma ferramenta de marketing digital e causou um impacto no público de algumas corridas.

No GP dos Estados Unidos, por exemplo, o aumento foi de 15% no ano que a série estreou. Isso mostra que os canais digitais continuam causando grande impacto com o forte alcance que possui nos usuários.

Desde que a F1 foi comprada pela Liberty Media, em 2016 por US$ 4,4 bilhões, a forma de vender as corridas mudou completamente. A categoria deixou de ser fechada, e começou a explorar os meios digitais.

Uma das principais iniciativas foi a criação da série documental Drive to Survive, que acompanha os bastidores de uma temporada inteira. Sucesso absoluto de público, com mais de 50 milhões de visualizações, a série estreou a 4ª temporada recentemente.

O mais curioso é que o impacto foi sentido logo no ano de estreia, em 2019, principalmente nos Estados Unidos. A presença de público teve um aumento de 15%, e superou os 268 mil espectadores. Outros aspectos ajudaram nesse crescimento, mas na visão de John Suchenski, diretor de programação e compras de eventos da ESPN, a série foi fundamental para isso. Ou seja, essa união entre Netflix e F1 deve ficar cada vez mais forte nos próximos anos.

Um levantamento feito pela Betway, site de apostas na F1, mostra que a presença de público está aumentando em vários países. Mais de 10 corridas em 2021 tiveram uma presença de torcedores acima dos 100 mil. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram mais de 400 mil fãs acompanhando a vitória de Max Verstappen.

Aqui no Brasil, o público foi de 180 mil pessoas, o que também pode ser considerado alto. Esse é o efeito de uma presença digital da categoria.

Opinião dos pilotos

Os próprios pilotos reconheceram a importância da série para o crescimento do público nos autódromos. Pierre Gasly, atual titular da Alpha Tauri, falou sobre isso em entrevista recente. “Comecei a receber muito mais mensagens e menções, especialmente dos Estados Unidos.

Teve um impacto grande quando a série saiu a cada ano. Agora tenho mais seguidores americanos”, afirmou o piloto francês.

Na reportagem do blog Betway Insider, também é possível observar a opinião de Lando Norris, da McLaren. “Do ponto de vista de fãs americanos, há muito mais deles. Pessoas que conheci entraram no automobilismo e se tornaram fãs não apenas meus, mas da Fórmula 1, apenas assistindo ao Drive to Survive”, admitiu o britânico.

Ou seja, é inegável que a série na Netflix causou um grande impacto no público, e serviu como uma ferramenta de marketing muito forte.

A visão dos pilotos é inquestionável, pois todos eles vivem os bastidores da F1 diariamente. O documentário causou impacto, e vai continuar dando esse efeito em 2022. Essa maneira mais romantizada de ver a corrida é interessante, sobretudo para contar as histórias dos bastidores que ajudam a entender melhor o automobilismo. Isso significa um futuro promissor aos fãs da categoria.

Crescimento rápido

O curioso é que o mundo digital consegue dar resultados rápidos, e os números alcançados pela F1 são as maiores provas disso. A audiência nas redes sociais aumentou consideravelmente, e a categoria conseguiu mais de 1,54 bilhão de interações em 2020. Essa forte presença no universo online é importante até mesmo para um buscar um público diferente, e fugir de quem só acompanha pela TV.

A próxima etapa é valorizar ainda mais os serviços de streaming, inclusive com o lançamento da F1TV. Essa plataforma transmite as corridas ao vivo, e pode ser uma alternativa para quem acompanha tudo pela internet.

Aqui no Brasil, os planos estão abaixo dos R$ 30, o que pode ser considerado como acessível. É a F1 focando neste mercado de vídeo.

Drive to Survive é uma série interessante, muito elogiada pelo público. Além disso, o impacto na F1 é real e o crescimento do público é a prova disso. Por ser de um serviço norte-americano, é normal que o país tenha destaque, o que ajuda a explicar o aumento de 15% conquistado em 2019 e os quase 400 mil espectadores na corrida do ano passado.

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