O Coritiba aproveitou a final do Paranaense, contra o Maringá, no domingo (3), no Estádio Couto Pereira, para realizar uma campanha de conscientização do autismo. O Coxa utilizou uma camisa customizada nas cores e formas utilizadas para a divulgação da causa do espectro autista. Ainda neste mês, o clube também divulgará conteúdos especiais em suas redes sociais.
“O autismo é uma condição do neurodesenvolvimento, caracterizada por déficit na comunicação social, afetando a forma como essas pessoas interagem e experimentam o mundo. Assim, é mais propriamente uma das muitas características de um indivíduo. Não é uma doença”, disse Elyse Matos, fundadora do Instituto ICO, parceiro do clube nas ações de conscientização durante este mês.
As camisas serão leiloadas com o dinheiro a ser revertido na construção da Sala de Acomodação Sensorial no Couto Pereira. O espaço será destinado às famílias coxa-brancas que quiserem trazer seus filhos ao estádio e consequentemente também ser utilizado como ferramenta no processo de sociabilização dessas crianças.
O Coritiba também trabalhará em conjunto com o Instituto ICO no treinamento de funcionários especializados para essas famílias. O espaço de acomodação sensorial auxiliará no processamento dos estímulos sensoriais, que muitas vezes são percebidos em excesso pela criança com autismo, o que lhe causa desconforto.
“Estamos disponibilizando um camarote para as pessoas autistas e seus familiares como forma de inclusão e conscientização social. Vamos deixar o espaço todo com design especial, buscando uma melhor experiência sensorial deles. Vamos customizar as paredes com tratamento acústico e ter mobiliário adequado a esse conforto. Seremos o primeiro clube do país a possuir um espaço inteiramente preparado para este propósito e com equipe treinada e dedicada para acolher esse público. Estamos muito felizes e orgulhosos em participar deste tipo de iniciativa”, acrescentou Juarez Moraes, presidente do Coritiba.
“Essa iniciativa do Coritiba é a concretização de direitos que muitas vezes ficam só na teoria. Ficamos muito felizes com essa parceria, pois amplia o conhecimento dessas práticas tanto no acolhimento quanto no uso do espaço social para o autista e suas famílias. São ações estruturantes como essa que promovem transformação social”, finalizou Elyse.