Coluna

Futebol Feminino: mais que empoderamento, uma realidade

O assunto está latente, não mais uma aposta, não mais uma tentativa que dê certo e caia no gosto do torcedor, dos clubes e patrocinadores

Futebol Feminino: mais que empoderamento, uma realidade

01 de abril de 2022

3 minutos de Leitura

Fábio Wolff
Fábio Wolff
Fábio Wolff é sócio-diretor da Wolff Sports, e professor em cursos de MBA em Gestão e Marketing Esportivo na Trevisan Escola de Negócios

Quarta-feira, 30 de março, um dia histórico para o esporte. Pós restrições severas pela pandemia da Covid-19, era difícil imaginar 91,5 mil pessoas em um estádio para assistir futebol, e isso aconteceu, na partida entre Barcelona e Real Madrid, no Camp Nou, pelas quartas de final da Champions League FEMININA. Ainda há dúvidas que a modalidade é uma realidade mundial em franco crescimento?

No duelo, o Barcelona goleou o Real por 5 a 2, sendo que já havia vencido por 3 a 1 fora de casa. Enquanto o time catalão busca o segundo título europeu, nas arquibancadas já conquistou o recorde mundial de público em uma partida feminina entre clubes. Os torcedores, como de costume em todos os jogos do masculino, fizeram um grande mosaico, mas, em vez da tradicional frase “mais que um clube”, que é o slogan do Barça, apresentou a frase “mais que empoderamento”.

É muito mais que empoderamento mesmo. O assunto está latente, não mais uma aposta, não mais uma tentativa que dê certo e caia no gosto do torcedor, dos clubes e patrocinadores. Está acontecendo. Não digo “apenas” pelo recorde batido na Espanha, mas pelo que vivo no marketing esportivo há 26 anos e toda a movimentação que está acontecendo no mercado.

Em 2021, com organização da FIFOS e apoio da Federação Paulista de Futebol, pude participar de perto da construção e execução do Brasil Ladies Cup que, além de um torneio envolvendo oito clubes de futebol feminino, sendo dois internacionais e seis brasileiros, foi a semana do desenvolvimento do futebol feminino no país com muitas palestras, ações sociais e ativações.

A recepção dos clubes, torcedores, patrocinadores e do Grupo Globo, que fez a transmissão do torneio, já apontavam a dimensão da modalidade.

Pela primeira vez a Rede Globo transmitiu em canal aberto uma partida entre clubes femininos, tendo audiência acima da média no programa do Esporte Espetacular para o horário. A partida entre o campeão São Paulo e o Santos, no Allianz Parque, contou com premiação em dinheiro e prêmio dos patrocinadores, que abraçaram a competição. Para 2022, com a consolidação do torneio, foi reafirmado o sucesso do evento.

Antes mesmo de ter a data confirmada, algumas prefeituras, de diversos estados, procuraram o comitê organizador para se candidatarem como sede do torneio. Além disso, dez patrocínios já estão fechados: EMS, Odontocompany, Zap, Sabesp, Atacadão, Wickbold, Europ Assistance, além de três que serão anunciados em breve.

A segunda edição ocorrerá entre os dias 7 e 15 de novembro, e terá novamente oito equipes, a serem confirmadas. Clubes também já procuraram a organização mostrando interesse de participar novamente ou entrar na disputa pela primeira vez, incluindo duas equipes europeias. Com sete meses de antecedência, tenho segurança em dizer que repetiremos o sucesso, afinal, o futebol feminino é uma realidade, com muito empoderamento das mulheres.

A sede, os clubes participantes, os novos contratos de patrocínio, assim como a tabela do Brasil Ladies Cup 2022 serão divulgadas sempre pelo Instagram oficial do torneio – @brasilladiescup.

Vem viver conosco essa realidade?

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