As ligas europeias criticaram o novo formato da Champions League que entrará a partir de 2024. O objetivo é “proteger” os campeonatos nacionais, já que o torneio passará a ter 36 clubes, quatro a mais do que no modelo de hoje.
Desta maneira, em vez das atuais seis partidas, cada equipe terá no mínimo dez jogos. O movimento da UEFA surgiu como resposta à ameaça da criação da Superliga no ano passado, que tinha como carro-chefe o elevado ganho financeiro.
“As competições europeias geram um grande impacto nos torneios nacionais. Elas fazem parte da pirâmide do futebol. Mas é essencial que haja atenção ao coração, a alma e a espinha dorsal do futebol europeu de clubes, que são as ligas domésticas. Ter tantos jogos extras na Liga dos Campeões prejudicará a grande maioria dos clubes da Europa e beneficiará muito poucos. É nossa opinião que tal coisa não pode ser introduzida nas competições europeias”, disse Claus Thomsen, presidente das Ligas Europeias, em entrevista coletiva após a assembleia anual da entidade, na Turquia.
A UEFA também pretende mudar o sistema de participação. No lugar do sucesso atual nas ligas nacionais, alguns entrariam com base em seu histórico na competição.
“A classificação deve ser sempre pelo mérito esportivo. Você deve sempre se qualificar através de sua liga nacional. É por isso que os torcedores se envolvem com o futebol em toda a Europa. Não podemos comprometer isso”, acrescentou Thomsen.
“Os clubes menores e médios gostariam de ver um equilíbrio diferente entre partidas internacionais e as domésticas. Não há dúvida, se todos os clubes da Europa tivessem o mesmo voto, essa nunca aconteceria. Para a grande maioria dos clubes, a competição doméstica é a mais importante”, finalizou Jacco Swart, diretor geral das ligas europeias.
