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O que falta para a Netflix adquirir direitos de transmissão?

Enquanto avança em séries e documentários temáticos, empresa segue sem investir em esportes ao vivo

O que falta para a Netflix adquirir direitos de transmissão?

22 de abril de 2022

2 minutos de Leitura

O absoluto sucesso de ‘Drive to Survive‘, ‘The Last Dance’ e outros conteúdos de esporte já mostraram para a Netflix como apostar na temática pode ser vantajoso. Em audiência, com certeza. Mas afinal, o que falta para a plataforma de streaming adquirir direitos de transmissão e brigar, diretamente, com outros tantos grupos de mídia do setor?

Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, participou de uma teleconferência para apresentar os resultados do primeiro trimestre da empresa. Na oportunidade, ele abordou o tema e, de quebra, falou o que é necessário para tal investimento.

Para ele, não há certeza de que consiga um “grande fluxo de lucro” com a adição de esportes ao vivo.

“Não estou dizendo que nunca teremos esportes [ao vivo], mas é necessário ver um caminho para trazer um grande fluxo de receita e um grande fluxo de lucro com isso”, disse o executivo.

Sarandos apontou que continuará a analisar a programação e documentários adjacentes aos esportes. Prova disso, são os materiais já confirmados envolvendo ATP e WTA; PGA Tour; e Tour de France.

Ele também destacou o foco da Netflix em games, uma área em que a plataforma pode ter mais direitos e propriedade. A compra do estúdio Night School é vista como o primeiro grande passo da plataforma no setor, buscando diversificar os seus serviços e concorrer com Disney, Amazon Games Studios e HBO. 

Vale lembrar que o outro co-CEO da empresa, Reed Hastings, já havia dito ao jornal alemão Der Spiegel que consideraria comprar os direitos da F1, mas que também seria necessário ter cautela ao realizar esse nível de investimento.

A Netflix registrou lucro líquido de US$ 1.59 bilhão no primeiro trimestre de 2022, queda de 6.4% em relação ao mesmo período do ano passado. Sua receita cresceu 9.8% na comparação com 2020, alcançando US$ 7.86 bilhões. Por fim, a plataforma de streaming perdeu 200 mil assinantes entre janeiro e março deste ano.

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