Sobre o termo racista utilizado por Nelson Piquet ao falar sobre Lewis Hamilton, a Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Fórmula 1 e Mercedes se pronunciaram e repudiaram o lamentável comentário do ex-piloto. Hoje cedo, foi a vez do próprio britânico comentar o ocorrido.
A expressão “neguinho” foi utilizada por Piquet durante uma entrevista publicada na internet em dezembro de 2021, enquanto comentava sobre a batida do heptacampeão com Max Verstappen na última edição do GP da Inglaterra.
“A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito. Seus esforços incansáveis para aumentar a diversidade e a inclusão são uma lição para muitos e algo com o qual estamos comprometidos na F1”, declarou a categoria.
“Condenamos nos termos mais fortes qualquer uso de linguagem racista ou discriminatória, de qualquer tipo. Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo, e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora da pista. Juntos, compartilhamos a visão para um automobilismo diversificado e inclusivo, e este incidente destaca a importância fundamental de continuar lutando por um futuro melhor”, acrescentou a escuderia.
“A FIA condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral. Expressamos nossa solidariedade a Lewis Hamilton e apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no esporte a motor”, acrescentou a FIA.
“É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes e alvo de minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, finalizou Hamilton, em suas redes sociais.
No ano passado, Hamilton e Verstappen travaram uma disputa pela liderança do Mundial. Em Silverstone, Hamilton tocou o pneu no carro de Verstappen que rodou e bateu na barreira de proteção, provocando a interrupção da prova por mais de 40 minutos. A corrida foi reiniciada, e Hamilton recebeu 10 segundos de punição. Apesar disso, o britânico venceu a prova, com Charles Leclerc em segundo.
