Nike e Adidas se posicionaram contra uma decisão da Suprema Corte dos EUA e declararam que cobrirão os custos de funcionários que precisam viajar para fora do estado para fazer abortos.
Na última sexta-feira (24), por cinco votos a favor, três contra e uma abstenção, a Suprema Corte anulou a “Roe v. Wade”, uma sentença anunciada há 49 anos que resguardava a prerrogativa das mulheres de interromperem a gravidez. Sem a proteção federal, cada estado norte-americano terá a liberdade de autorizar ou proibir o aborto.
Neste cenário, as marcas esportivas emitiram declarações dizendo que ajudarão os funcionários a acessar o aborto se o procedimento for proibido onde eles morarem. Embora o mesmo ainda seja protegido no Oregon, as duas empresas também têm funcionários em estados onde o aborto agora será proibido ou severamente restringido.
A Nike, com sede perto de Beaverton, destacou que o aborto está coberto em seus benefícios de planejamento familiar. A gigante americana diz que cobrirá despesas de viagem e hospedagem para funcionários que não podem acessar serviços nas proximidades.
Já Portland abriga a sede norte-americana da Adidas, que ofereceu um compromisso ainda mais específico com seus funcionários norte-americanos em um comunicado.
“Nossos planos médicos abrangentes continuarão a cobrir recursos reprodutivos, como contracepção e apoio ao aborto, gravidez, fertilidade e outros serviços de planejamento familiar e construção. Onde a disponibilidade de serviços de aborto pode não ser acessível perto de casa, nosso plano agora cobre despesas de viagem e hospedagem, até US$ 10 mil por ocorrência, para todos os funcionários dos EUA inscritos no plano”, destacou a marca de origem alemã.
Gigantes como Intel, Netflix, JP Morgan, Disney, Warner, Sony, entre outras, também adotaram a mesma postura de Nike e Adidas.