Está partindo da própria Premier League um pedido para que os clubes apoiem a saída das casas de apostas dos uniformes. O objetivo da liga é impedir que a proibição do patrocínio de empresas do setor seja imposta pelo governo. Segundo a Sky News, a saída seria gradual e dentro de um período de três anos.
A proibição voluntária entraria em vigor no início da próxima temporada, permitindo que os atuais contratos seja mantidos desde que expirem até 2024/25.
Pelas regras da Premier League, o apoio à proposta de pelo menos 14 clubes faria com que ela fosse adotada imediatamente.
Inicialmente, a liga tentou fazer com que os patrocínios de casas de apostas com presença na manga da camisa fossem mantidos, aplicando a medida apenas para o patrocínio máster. No entanto, ela valerá para todo o kit. Sinalização nos estádios e placas de publicidade ainda seria permitida.
Quase metade dos clubes da Premier League foram patrocinados por empresas de apostas na última temporada. Nos bastidores, especula-se que Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham apoiariam a medida, afinal, nenhum deles possui uma marca do setor em seus uniformes.
A proibição não é novidade na Inglaterra
A Liga Inglesa de Futebol (EFL), responsável pelos três níveis de futebol profissional abaixo da primeira divisão, destaca que a proibição pode gerar um impacto negativo de £ 40 milhões por ano.
Como se sabe, o tema é debatido há um tempo. Um comitê da Câmara dos Lordes já abordou a proibição em 2020. Uma revisão do Gambling Act foi lançada posteriormente pelo DCMS em dezembro de 2020, afirmando que esses aportes poderiam ser proibidos a partir de 2023.
Em abril, o Comitê de Prática de Publicidade (CAP) do Reino Unido anunciou planos para proibir anúncios de apostas utilizando a imagem de celebridades do esporte e influenciadores.
Como se sabe, hoje, Espanha e a Itália já iniciaram movimento similares de proibição de contratos de patrocínio com empresas de apostas. Na Bélgica, o mesmo está prestes a ocorrer.