A adidas anunciou que rompeu de maneira unilateral a sua parceria com Kanye West. O movimento da marca foi motivado por falas antissemitas do rapper .
“Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye, encerrar a produção de produtos da marca Yeezy e interromper todos os pagamentos a Ye e suas empresas. A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio”, destacou a alemã.
Depois do episódio do “White lives matter” (‘Vidas brancas importam’), uma reação de grupos de extrema-direita e supremacistas brancos nos Estados Unidos ao movimento “Black Lives Matter” (‘Vidas negras importam’), Kanye compartilhou em suas redes sociais trechos de uma conversa com o também rapper Diddy, que criticava a mensagem. Ele também havia feito alegações infundadas de que os judeus teriam um poder imensurável na mídia, teriam-no impedido de acessar suas contas de redes sociais e provocado uma série de empresas a cortar laços com ele.
“Vou usar você como exemplo para mostrar aos judeus que disseram para me ligar, que ninguém pode me ameaçar ou influenciar”, disse Kanye em publicação que foi apagada após ser denunciada como antissemita.
Vale lembrar que a adidas já estava reavaliando a parceria com o arista, depois de ele ter criticado publicamente as ações comerciais da empresa. A empresa informou ainda o impacto negativo de curto prazo será de € 250 milhões no lucro líquido em 2022, já que este quarto trimestre é considerado alta sazonalidade.
“A Adidas é a única proprietária de todos os direitos de design de produtos existentes, bem como cores anteriores e novas sob a parceria. Mais informações serão fornecidas como parte do próximo anúncio de ganhos do terceiro trimestre da empresa em 9 de novembro de 2022”, acrescentou a nota da companhia.
A Adidas segue, assim, o caminho das grifes GAP e Balenciaga, que já tinham anunciado o fim de suas relações com o cantor.