O veto da Família Real do Catar à venda de bebida alcoólica dois dias antes do início da Copa do Mundo levou um importante debate sobre questões contratuais entre os atuais patrocinadores da FIFA e a própria entidade. A informação é do jornal britânico The Guardian.
O posicionamento adotado pelo país iniciou uma crise entre a FIFA e a Anheuser-Busch InBev (AB InBev), dona da Budweiser, que possui contrato de US$ 75 milhões para o torneio.
Segundo a imprensa inglesa, a Bud exigirá que a entidade abra mão de um pagamento de US$ 47.2 milhões que a cervejaria desembolsou para ser a fornecedora oficial de cerveja da competição.
De acordo com o The Guardian, outros patrocinadores mostraram-se preocupados com possíveis violações contratuais. Segundo o representante de uma das empresas, que manteve o anonimato, os parceiros se sentiram “decepcionados com a entidade de várias maneiras”.
“Todo mundo tem uma queixa de alguma forma. Há muita discussão acontecendo para entender quais são as opções contratualmente falando”, contou o executivo.
Vale lembrar que o guia oficial do torcedor entregue para quem está no país destacava que “os portadores de ingressos terão acesso aos produtos Budweiser, Budweiser Zero e Coca-Cola dentro do perímetro do estádio” por pelo menos três horas antes dos jogos e por uma hora depois.
A resolução da Budweiser para o caso
Depois de considerar “constrangedora” a posição do Catar de proibir a venda de cervejas no entorno dos estádios da Copa do Mundo, a Budweiser usou novamente sua conta no Twitter para anunciar que a seleção que for campeã levará todo o estoque de cerveja com alcool que era destinado ao consumo nas arenas.
“Novo dia, novo ‘tweet’. O país vencedor levará as cervejas. Quem será que vai levar?”, publico a empresa com uma foto que destaca diversos packs da cerveja.