A FIFA e o FIFPRO, organização mundial que representa os futebolistas profissionais, apresentou uma plataforma de proteção envolvendo redes sociais que será utilizado durante a Copa do Mundo 2022.
Nela, jogadores das 32 seleções que disputarão o Mundial terão acesso a um serviço dedicado de monitoramento, denúncia e moderação, que foi projetado para reduzir a visibilidade de discurso de ódio direcionado a atletas. A ideia é proteger os esportistas e familiares de abusos on-line.
“A Fifa está comprometida em fornecer as melhores condições possíveis para que os jogadores tenham o melhor desempenho possível. Na Copa do Mundo 2022, estamos felizes em lançar um serviço que ajudará a proteger os jogadores dos efeitos prejudiciais que as postagens nas mídias sociais podem causar à sua saúde mental e bem-estar”, disse o presidente da FIFA Gianni Infantino.
“É responsabilidade do futebol proteger os jogadores e outros grupos afetados contra o abuso que, cada vez mais, ocorre dentro e ao redor de seu local de trabalho. Esse tipo de abuso tem um impacto profundo em suas personalidades, suas famílias, desempenho, assim como em seu bem-estar geral e saúde mental”, acrescentou presidente da FIFPRO, David Aganzo.
O meia Willian, do Fulham, é um dos protagonistas da campanha de divulgação do novo serviço. Recentemente, ainda atuando pelo Corinthians, ele e seus familiares foram alvo de ofensas e ameaças on-line.
“Eu e minha família estávamos sofrendo muito, porque as pessoas começaram a nos atacar nas mídias sociais, ofendendo minha família, minhas filhas. É por isso que estou agora com a Fifa, para ver se podemos parar esse tipo de coisa”, comentou Willian.
Equipes, jogadores e demais envolvidos no ecossistema também poderão optar por um serviço de moderação que ocultará instantaneamente comentários abusivos e ofensivos no Facebook, Instagram e YouTube, impedindo que eles sejam vistos pelo destinatário e seus seguidores.