Atletas

Fórmula 1 cria categoria inédita de formação de pilotas para 2023

A "Academia F1" focará na preparação e no desenvolvimento de mulheres no automobilismo

Fórmula 1 cria categoria inédita de formação de pilotas para 2023

18 de novembro de 2022

3 minutos de Leitura

A Fórmula 1 apresentou a “Academia F1” para 2023. A categoria será composta exclusivamente por mulheres e terá como principal objetivo a preparação e o desenvolvimento de pilotas para alcançar a W Series, a Fórmula 3, a Fórmula 2 e a Fórmula 1.

Segundo a F1, a nova categoria terá cinco equipes dirigidas pelas atuais equipes de F2 e F3, cada uma com três carros para formar um grid com 15 carros. A primeira temporada terá sete eventos com três corridas cada, totalizando 21 provas, além de 15 dias de testes oficiais.

Os carros terão chassi Tatuus T421, com a Autotécnica fornecendo motores turbo de 165 cavalos de potência. Já a Pirelli, parceira global da Fórmula 1, ficará responsável pelos pneus.

A categoria será administrada por Bruno Michel, CEO da F2 e da F3 dentro do organograma da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A Fórmula 1 subsidiará o custo de cada carro com um orçamento de € 150 mil. As pilotas ficarão responsáveis por bancar o mesmo valor, com as equipes cobrindo o restante.

Para a F1, ainda existem barreiras para que as jovens pilotas alcancem a F. Assim, o objetivo da Academia F1 é preencher essa lacuna e oferecer às mulheres acesso a mais tempo de pista, corridas e testes.

“Todos devem ter a oportunidade de seguir seus sonhos e alcançar seu potencial, e a Fórmula 1 quer garantir que estamos fazendo todo o possível para criar maior diversidade e novos caminhos para este esporte incrível. Quanto mais oportunidades houver, melhor, e a Academia F1 foi projetada para fornecer outra rota para o sucesso das pilotas”, disse Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1.

“Em 2019, lançamos nossa estratégia de sustentabilidade, diversidade e inclusão, e assumimos o compromisso de construir um esporte mais diversificado e inclusivo, quebrando os estereótipos associados a uma carreira no automobilismo e incentivando pessoas de todas as origens. Nos últimos anos, temos feito grandes progressos nessas questões importantes no nosso próprio negócio e em todo o esporte. Este anúncio é um compromisso que garantirá que as jovens pilotas tenham a melhor oportunidade de iniciar a carreira profissional no automobilismo e subir a escada até o topo, desenvolvendo suas habilidades e experiências da maneira certa e com o nível certo de suporte”, acrescentou Ellen Jones, chefe de sustentabilidade da Fórmula 1.

“A diversidade é extremamente importante no automobilismo, e, com a Academia F1, provaremos que as pilotas têm tudo para competir em alto nível. Estou absolutamente convencido de que, se as mulheres tiverem a mesma experiência que qualquer outro piloto, elas poderão abrir caminho com sucesso na pirâmide”, finalizou Bruno Michel.

Compartilhe