O governo do Reino Unido dará andamento em seu plano para um regulador independente do futebol inglês a partir de janeiro do próximo ano.
Segundo o The Times, haveria um órgão regulador que teria como responsabilidade monitorar a venda dos clubes e examinar quem são os proprietários e dirigentes de cada um deles. Ele teria também a função de atuar de maneira significativa para disciplinar e punir times infratores.
Hoje, quem atua com essas atividades é a FA (federação inglesa) e, no caso da elite do futebol inglês, a Premier League.
O The Times destaca ainda que o órgão estatal terá até mesmo o poder de intervir na distribuição financeira da Premier League para a Liga Inglesa de Futebol (EFL), responsável pela gestão dos demais escalões da Inglaterra e da Copa da Liga Inglesa. Ao todo, são 72 clubes que não fazem parte da elite do futebol do país.
Sempre de acordo com a publicação, existe um impasse sobre a nova política de distribuição de receitas. A EFL deseja um aumento de £ 250 milhões por ano. A Premier League, no entanto, propôs um acréscimo de £ 160 milhões.
Outra proposta do documento seria o estímulo à diversidade nos cargos diretivos dos clubes ingleses, embora não haja cotas estabelecidas para isso.
Essas mudanças eram esperadas para setembro, mas o documento acabou adiado para que as entidades esportivas apresentassem propostas.
Já segundo o Daily Mail, o primeiro-ministro Rishi Sunak já assinou o documento que estabelece o órgão regulador do futebol local. O jornal afirma que as propostas devem se tornar lei até 2024.
Big Six não aprova a iniciativa
A proposta não agrada ao Big Six, grupo formado por Liverpool, Manchester United, Manchester City, Arsenal, Tottenham e Chelsea. Há o entendimento que essa medida fortalecerá apenas os demais clubes que formam a Premier League.
Outro ponto de discordância é o fato que o projeto deseja impor mais transparência e responsabilidade aos clubes, especialmente aos que têm vínculos com governos estrangeiros.