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A quebra do “Pacto Pelé”: quanto o Rei recebeu para amarrar suas chuteiras na Copa de 70?

Rivais histórias, adidas e PUMA haviam acordado que nenhuma delas contrataria o camisa 10 da Seleção

A quebra do “Pacto Pelé”: quanto o Rei recebeu para amarrar suas chuteiras na Copa de 70?

02 de janeiro de 2023

2 minutos de Leitura

Pelé foi o Rei do Futebol e, também, pilar de uma das mais icônicas rivalidades do nosso mercado. Como maior mídia de negócios do esporte da América Latina, o MKTEsportivo detalha como uma das cenas mais emblemáticas da história de Pelé quando o assunto é marketing esportivo acirrou a disputa entre adidas e PUMA.

Os irmãos Adolf e Rudolf Dassler começaram, juntos, a fabricar calçados na década de 1920. A partir de 1940, como o relacionamento entre ambos não ia bem, eles se separaram: Adolf fundou a adidas, enquanto Rudolf criou a Puma. A partir daí, as empresas passaram a disputar mercado, desenvolver os produtos mais inovadores e, claro, buscar nomes fortes do esporte como forma de chancela.

No entanto, fechar com o maior nome daquela época poderia ser um problema até mesmo para quem vencesse a concorrência. Quando Pelé sagrou-se campeão do mundo pela primeira vez, em 1958, foi decidido por ambos que seria muito caro contratá-lo. Assim, foi criado o ‘Pacto Pelé’, com adidas e PUMA concordando que nenhuma telas o contrataria em prol de suas sobrevivências.

Na Copa do Mundo de 70, no México, tudo mudaria. A PUMA quebrou o pacto, ofereceu chuteiras e US$ 120 mil para que o Rei do Futebol solicitasse ao árbitro um tempo para se abaixar e amarrar os cadarços antes da partida contra o Peru. E a marca alemã foi além: pagou ao cinegrafista para dar zoom no atacante brasileiro enquanto ele realizava o ato. Aqui vale um outro destaque.

A Copa de 1970, no México, foi a primeira televisionada em cores, chegando para aproximadamente 54 milhões de brasileiros. Isso fez com que o gesto de Pelé ganhasse ainda mais repercussão.

Naturalmente, a adidas não gostou do que foi feito e a relação, que já não era boa, ficou insustentável.

Para chegar ao jogador no México, a PUMA teve ajuda do representante Hans Henningsen, jornalista que cobria o futebol brasileiro no torneio.

Para além do gesto, Pelé se tornou embaixador da marca e passou a receber 10% por cada par do modelo que utilizava. O nome da chuteira? “Puma King”.

Em campo, o Brasil conquistou o tricampeonato e Pelé, que já era uma estrela, se tornou o Rei do Futebol.

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