A Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, rejeitou uma oferta de mais de US$ 20 bilhões do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) para comprar a categoria. A informação é da Bloomberg.
O grupo americano adquiriu a F1 em 2017 por US$ 4.4 bilhões. Com o crescimento de popularidade e de novos negócios em função do excelente trabalho de gestão da Liberty, a competição atingiu uma avaliação atual de US$ 15.2 bilhões.
O PIF está tentando aumentar seu portfólio esportivo após adquirir o Newcastle United, da Premier League, em outubro de 2021. O país também atraiu Cristiano Ronaldo para sua liga de futebol a partir de um contrato de € 200 milhões por ano.
Apesar de sua oferta ter sido rejeitada, o PIF tem laços com a F1 com o país definido para sediar a segunda corrida da temporada, além de ser o maior produtor de petróleo do mundo. Prova disso, é que a Saudi Aramco fechou um contrato de patrocínio histórico com a categoria em 2020.
Muito além de uma potência esportiva
A audiência do MKTEsportivo, maior mídia de negócios do esporte da América Latina, já sabe que a ida de Cristiano Ronaldo para o Al Nassr vai muito além da questão esportiva.
É inegável que a Arábia Saudita deseja mudar a imagem de uma das mais sanguinárias ditaduras do planeta por meio da força do esporte.
O país ainda tem investido em grandes competições esportivas e na candidatura para receber eventos globais, como a Copa do Mundo de 2030. Neste caso, é esperado que o português seja o embaixador do projeto, o que deixa claro que sua contratação pelo Al Nassr tem um interesse que vai além das quatro linhas.
Para citar outros exemplos, a Arábia tem em seu “portfólio” os Jogos Mundiais de Esportes de Combate em 2023, a Fórmula 1, UFC, Supercopa da Espanha e a Supercopa da Itália (até 2029). Recentemente, fechou com a MotoGP e anunciou que será a sede dos Jogos Asiáticos de Inverno de 2029. “Rival” de Cristiano Ronaldo, Lionel Messi passou a promover a Arábia Saudita como destino turístico.