Indústria

Bandeirante-SP acusa patrocinador de calote “não sei o que vou fazer”

Equipe alega não ter recebido o valor prometido em contrato

Bandeirante-SP acusa patrocinador de calote “não sei o que vou fazer”
Presidente do Bandeirante e CEO da Taunsa assinaram patrocínio em 2022 — Foto: Divulgação

07 de fevereiro de 2023

3 minutos de Leitura

Disputando a terceira divisão do Campeonato Paulista, o Bandeirante-SP denunciou um possível calote do patrocinador do clube. A equipe pretendia receber R$ 1,5 milhão da empresa de commodities Taunsa Group em um período de cinco meses, no entanto, nada deste valor foi repassado aos dirigentes.

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Conforme relatado pelo gestor do clube, o Bandeirante procurou a Taunsa no fim da temporada passada para uma parceria com a empresa, que duraria cinco meses. A equipe do interior paulista propôs um contrato com aporte mensal de R$ 114 mil, que seria usado para o pagamento dos salários dos jogadores. No entanto, a resposta da empresa surpreendeu; foi oferecido ao clube R$ 300 mil, que segundo a organização seria usado na montagem de um elenco competitivo para a temporada.

Os valores agradaram os responsáveis pelo Bandeirante, no entanto, segundo o presidente da equipe, o acordo nunca foi cumprido. Algo que deixou a equipe com salários atrasados e dividas financeiras.

“Ele (Cleidson) não pagou, sempre segurei a onda desse cara. Esse cara arrebentou o Bandeirante no meio, mudou todo o projeto do Bandeirante. Tínhamos um projeto pés no chão, esse cara veio com um monte de coisa fantasiosa. Nós mudamos todo o projeto na loucura de transformar o clube em empresa, fazer no clube a base, e ele simplesmente arrebentou a gente.”, comentou Ademir Wellinton de Oliveira, presidente do Bandeirante, em entrevista ao site ge.

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O responsável pelo clube alegou em entrevista que ficou sem saída e se afundou em dívidas para arcar com os compromissos do clube:

“Estamos trabalhando com muita dificuldade, contraímos dívidas, não sei se é maldade o que ele fez, o que ele pensa. Ele tem culpa porque mudou nossa forma de trabalhar. Não sei o que vou fazer para recuperar o clube depois dessa passagem da Taunsa. O Corinthians é fácil, tem 30 patrocinadores, tira a Taunsa e tem outros 50. O clube pequeno não tem isso. O que mais revolta a gente é ver o cara patrocinando uma corrida de rua em São Paulo. Passar o que passei e ver isso é o fim do mundo”, finalizou.

A equipe não conseguiu receber o valor prometido, teve como alternativa vender a dívida para uma empresa especializada em cobrança por R$ 300 mil — algo que não resolveu os problemas do Bandeirante-SP. Porém, o clube conseguiu se manter vivo e está disputando a Série A3 do Paulistão, onde ocupa a quinta colocação.

Apesar dos problemas com a equipe do interior paulista, a Taunsa Group patrocinou a corrida XXV Troféu Cidade de São Paulo, disputada nas ruas da cidade celebrando o aniversário da capital, algo que não agradou em nada a administração do Bandeirante.

“O que mais revolta a gente é ver o cara patrocinando uma corrida de rua em São Paulo. Passar o que passei e ver isso é o fim do mundo”, finalizou.

Procurada pelo MKT Esportivo para um possível contraponto, a Taunsa Group não retornou ao site até a publicação desta reportagem.

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