O assunto envolvendo Mineirão e o Cruzeiro voltou à tona nesta quarta-feira (15) após o jornalista Paulo Vinícius Coelho revelar que conversou com o diretor da Minas Arena, Samuel Lloyd que comentou, via telefone, que está aberto a renegociar com o clube celeste.
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A informação foi divulgada na coluna do jornalista no portal UOL. O jornalista publicou um trecho da fala do representante do estádio, que, segundo ele, disse em tom amistoso que o Mineirão não pode ser de graça e que precisa do futebol para sobreviver.
Conforme revelou Lloyd, o acordo envolvendo as duas partes já estava sendo negociado desde 2022, quando o Cruzeiro pediu participação nos lucros dos bares, vendas de camarotes e áreas vips. No entanto, o anúncio da ruptura com o estádio pegou o diretor de surpresa.
“Neste período (2022), conversamos e pedimos um plano de negócios. […] Precisávamos entender se ia parar de pé. Mesmo assim, eu ia entrar numa entrevista para falar dos planos para 2023, do acordo próximo com o Cruzeiro, quando fui surpreendido pelo anúncio da ruptura.”, comentou.
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O diretor ainda acrescentou que o estádio e o clube podem se acertar ainda neste ano. No entanto, deixou claro que o Mineirão consegue sobreviver sem as partidas de futebol — vale lembrar que o estádio recebe shows e eventos, além de um pagamento mensal feito pelo governo de Minas, fruto do acordo de reforma do estádio para a Copa do Mundo, na casa dos R$ 4 milhões.
“Não pode ser de graça. O Mineirão quer o futebol, nasceu para o futebol, mas sobrevive sem os jogos”, ressaltou.
De acordo com o diretor, o futebol traz mais custos do que os espetáculos musicais e que para manter o estádio saudável financeiramente, depende de três eventos: jogos do Cruzeiro, jogos do Atlético e Shows/Eventos. Sem o Atlético a partir de maio, a única forma de tornar o estádio lucrativo é com a diminuição de despesas.
A redução de jogos do Atlético, no entanto, pode ser benéfica para o acordo entre Cruzeiro e Minas Arena. Pois a demanda de jogos poderia passar de 66 por temporada para 36, uma redução considerável nos custos de manutenção, já que muitas vezes ambos os times da capital mineira realizam partidas na mesma semana, o que demanda mais verba na manutenção do gigante da Pampulha.