Na última semana, o Manchester United recebeu várias ofertas de compra. Neste cenário de incertezas, enquanto os atuais proprietários aguardam a melhor proposta, torcedores e acionistas desejam que a venda seja realizada ainda neste ano.
Rumores indicam que a principal oferta seja do fundador da multinacional da indústria de químicos, a Ineos. Jim Ratcliffe, em parceria com o sheik Khaled bin Zayed Al-Nahyan, da família real do Qatar, podem pagar mais de € 2,27 bilhões pelo clube, cerca de R$ 12 bilhões na cotação atual.
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No entanto, há várias outras partes interessadas na compra do clube, incluindo fundos de investimento globais e outras figuras da indústria do futebol. O que deixa as tratativas e negociações ainda mais demoradas. Não se sabe oficialmente o valor das ofertas ou quem está liderando as outras propostas.
Uma polêmica oferta vinda do Qatar
Além da proposta do presidente da empresa britânica Ineos, há uma possibilidade envolvendo um grupo de empresas lideradas pelo sheik Jassim Bin Hamad Al Thani, que preside o Qatar Islamic Bank (QIB, o Banco do Catar). A proposta seria para adquirir o domínio integral do United.
“O Sheikh Jassim Bin Hamad Al Thani confirmou hoje sua apresentação de uma oferta por 100% do Manchester United Football Club”, revelou em comunicado à imprensa antes do término do período de propostas.
Não foram fornecidos detalhes do montante proposto ao clube no comunicado, contudo, de acordo com informações divulgadas pela imprensa, o preço poderá alcançar uma marca histórica de € 5.6 bilhões, cerca de R$ 31 bilhões em conversão direta.
Vale lembrar que, no momento, o United encontra-se com dívidas superiores a € 580 milhões, mais de R$ 3 bilhões. Mesmo que seja o valor mais alto, o sheik quer adquirir 100% da propriedade, enquanto as demais propostas podem envolver fatias menores.
Pressão da torcida
As notícias da possível venda do Manchester United vêm em meio a crescentes críticas à atual gestão do clube pelos proprietários, a família Glazer. A pressão dos fãs e dos acionistas dos Red Devils tem aumentado nos últimos anos, com muitos argumentando que a falta de investimento no time e no estádio prejudica o atual desempenho em campo.
Embora a família Glazer ainda não tenha anunciado publicamente que está disposta a vender o clube, fontes sugerem que eles estariam abertos a ouvir ofertas. No entanto, qualquer venda pelo time precisaria ser aprovada pela Premier League, que tem regras rigorosas em relação à propriedade do clube.
Os fãs do Manchester United estão acompanhando de perto esses desdobramentos, esperando que uma possível venda possa trazer mudanças positivas levando ao sucesso que fizeram do clube uma potência global no futebol.
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Público LGBTQIA+ e o novo dono
Em meio às especulações, torcedores pedem que o consórcio que adquirir o clube, mantenha o Manchester United como um exemplo em diversidade e inclusão dentro do futebol. A preocupação vem, principalmente, no interesse de líderes de países árabes, que costumam ignorar pautas inclusivas.
Dentre os pedidos da torcida, uma delas sugere incluir medidas como a implementação de uma “categoria de fãs LGBTQIA+”, a promoção ativa dos direitos e visibilidade de minorias, e até mesmo patrocinar um time de futebol LGBTQIA+ no futuro.
O mais relevante grupo de apoiadores da equipe, a Manchester United Suport Trust (MUST), foi quem encabeçou o pedido. Além de declarar publicamente estar preocupado com os possíveis novos donos da equipe.
“Todos podem ver o progresso que as equipes (masculinas e femininas) estão fazendo…”, disse o MUST em um comunicado no Twitter.
“Está claro que grandes avanços estão ocorrendo. Qualquer comprador em potencial precisa se comprometer explicitamente a continuar esse progresso e apoiar os planos para restaurar o Manchester United à glória.”, finalizou.
