A Libra (Liga do Futebol Brasileiro) aprovou, de forma unânime, uma proposta de divisão mais igualitária de receitas geradas pela futura liga. O encontro ocorreu na sede da Federação Paulista de São Paulo.
O objetivo da decisão é se aproximar da LFF (Liga Forte Futebol), grupo que contempla 26 clubes das Séries A, B e C do Brasileirão, que apresentou seu projeto de divisão de receitas nesta segunda-feira (27).
Neste momento, a Libra é formada por Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
O novo formato prevê que 45% das receitas com patrocínios e direitos de transmissão serão divididas de maneira igualitária entre os 20 clubes que irão disputar a elite do Brasileirão; 30% por performance, enquanto os 25% restantes distribuídos por meio do engajamento obtido pelos clubes. Neste caso, valerá a audiência de cada um, sem contar tamanho de torcida ou número de seguidores em redes sociais.
Com a proposta apresentada, a diferença de receita entre o campeão brasileiro e o 20º colocado será de no máximo 3,4 vezes. Isso será atingido após um período de transição de cinco anos, ou até que a liga alcance R$ 4 bilhões em receitas. Até lá, a divisão será distribuída em 40% de forma igualitária, 30% por performance e 30% por engajamento.
Também foi para votação, e aprovado, o mecanismo que destina 15% da receita total para os times da Série B do Campeonato Brasileiro. Pelo seu lado, a LFF destinaria 20% para ser dividida entre os 20 times da segunda divisão. Aqui, portanto, há um ponto de discordância.
Na reunião realizada nesta terça-feira (28) também foi para debate a proposta da investidora Mubadala Capital. A empresa ofereceu R$ 4,75 bilhões para adquirir 20% dos direitos comerciais da futura liga.
A LFF já assinou contrato com a gestora brasileira Life Capital Partners e da norte-americana Serengeti Asset Management para a venda de 20% da liga por até R$ 4.9 bilhões.