CEO da A22 Sports Management, Bernd Reichart deu entrevista ao jornal alemão Die Welt nesta quinta-feira (9), aonde voltou a falar sobre a criação de uma Superliga Europeia, desta vez comentou sobre a possibilidade de criar uma competição com cerca de 80 equipes.
Como a notícia tomou conta do noticiário, a LaLiga prontamente se posicionou contra a ideia, ratificando sua oposição. A entidade espanhola não confia no tom “democrático” no discurso de Reichart, afirmando que “poucos clubes ricos são os únicos que vão se beneficiar desse modelo”, acrescentando que a ideia já foi apresentada, analisada e rejeitada em 2019.
No futebol espanhol, somente Real Madrid e Barcelona declaram apoio ao novo torneio. Em outubro, o presidente merengue abordou sobre o tema, enquanto o mandatário culé crava que ela sairá em 2025.
A seguir, o posicionamento oficial de LaLiga:
LaLiga quer mais uma vez mostrar sua oposição à Superliga, após o anúncio hoje de um decálogo em que apresenta falsamente um modelo de competição aparentemente aberto, cujo modelo de governança não é democrático, concedendo o poder e decisões para alguns clubes ricos, deixando clubes pequenos e médios sem voz.
Dizem que será 100% aberto, mas a realidade é que poucos clubes ricos são os únicos que vão se beneficiar desse modelo, que já foi apresentado, analisado e rejeitado em 2019, sendo muito complicado que de um ano para o outro, estes clubes percam o seu lugar na categoria mais alta do futebol europeu.
As ligas nacionais correm o risco de desaparecer com um formato de Superliga que não contempla que as ligas sejam o veículo direto da elite europeia. Se o seu modelo está fundamentado em “várias divisões”, com um grupo de elite a garantir a permanência no escalão superior, o seu modelo não é 100% aberto como falsamente prometem.
A LaLiga se pergunta como é possível criar uma nova competição com mais equipes e mais jogos sem afetar o calendário e de onde eles vão tirar mais receita se não tirarem das ligas nacionais.
O resultado final é que a Superliga vai arruinar as ligas nacionais, como mostra um relatório da KPMG, e afundará clubes pequenos e médios em toda a Europa, matando o futebol europeu como o conhecemos.
Especificamente, o relatório de especialistas da KPMG estima uma perda de receita global na LaLiga de até -55% e, adicionalmente, para clubes não pertencentes à Superliga, -64% de seu valor.
A Superliga vai significar um vácuo econômico para as ligas nacionais no curto prazo, mas também vai levar a uma redução de receita para os clubes da Superliga no médio e longo prazo, destruindo assim toda a indústria: PIB, empregos e impostos.