Um possível acordo de patrocínio entre o conselho de turismo da África do Sul e o Tottenham Hotspur gerou revolta da população do país sul-africano nesta quinta-feira (9). O acordo giraria na casa dos US$ 48 milhões, cerca de R$ 270 milhões em conversão direta.
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Africa do Sul passa por uma grande crise energética, com diversos serviços básicos sendo desativados por falta de energia elétrica. O país registra apagões diários que tem afetam desde o sistema de segurança pública até a preservação de cadáveres em medicinas legais do país.
Alegando redução de carga, a concessionária estatal Eskom, responsável pelo fornecimento de energia no país, vem desligando o fornecimento por falta de abastecimento em diversos momentos do dia. O presidente, Cyril Ramaphosa, considera declarar desastre natural.
Neste cenário, a notícia de um possível investimento de mais de R$ 270 milhões em algo não essencial ao país, como o patrocínio ao clube inglês, gerou indignação total da população. O Tottenham se recusou a comentar o acordo.
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O motivo do patrocínio
O governo africano passou por diversos desafios durante a pandemia de covid-19, que reduziu o turismo, uma das principais fontes de renda do país, para quase zero. Mesmo após a crise causada pelo vírus, o setor não voltou aos tempos de glória. Como saída desta situação, o conselho de turismo decidiu investir em publicidade internacional, visando atrair mais pessoas à África do Sul.
Apesar de toda confusão, manifestações e mal-estar causado entre governo e população, o patrocínio ainda não foi efetivado pelo clube inglês. O acordo estava em fase final, quando os documentos envolvendo os valores foram vazados pela imprensa africana. Sendo assim, não é possível saber se de fato vai acontecer, ou se a pressão popular mudará a decisão de ambas as partes.
