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Por unanimidade, Liga Forte Futebol assina acordo com investidores

Acordo de investimentos foi firmado com a gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management

Por unanimidade, Liga Forte Futebol assina acordo com investidores

06 de fevereiro de 2023

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Os clubes que compõem a Liga Forte Futebol (LFF) assinaram nesta segunda-feira (6), em São Paulo, acordo de investimentos com a gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management.

Este acordo agora será submetido à aprovação dos órgãos deliberativos de cada clube, incluindo o montante negociado com o investidor: R$ 4,85 bilhões para uma liga com 40 clubes, ou R$ 2,3 bilhões para o caso de adesão apenas das agremiações da LFF.

São elas: ABC, Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.

“É um marco para o futebol brasileiro. Desde o início do Forte Futebol foram construídos os princípios de união e representatividade das séries A, B e C, com todos os clubes da LFF tendo voz ativa, o que acabou atraindo também grandes marcas do futebol brasileiro que permitiram chegarmos até este dia emblemático”, disse Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

A LFF vem sendo assessorada pela XP Investimentos, pelo Monteiro de Castro Setoguti Advogados, pela Álvarez & Marsal e pela LiveMode. Desde a sua criação, a LFF defende um modelo de divisão de receitas inspirado nas ligas de futebol mais bem sucedidas do mundo, como a Premier League e a La Liga.

No formato aprovado pelo grupo, os critérios para a divisão das receitas recorrentes é 45% igualitário, 30% performance esportiva e 25% apelo comercial, sempre com métricas objetivas e não manipuláveis. Há uma regra para que em nenhum cenário a diferença entre o primeiro e último time seja superior a 3,5 vezes. Os investidores estão alinhados com os princípios e propósitos da Liga Forte Futebol e aprovaram formalmente este modelo.

“As grandes Ligas do futebol mundial mostraram que, ao terem uma divisão equilibrada e meritocrática dos recursos, a competitividade do campeonato cresce, gerando um produto mais atraente. Com um produto mais atraente, as receitas advindas dos grupos de mídia e tecnologia, nacionais e internacionais, se expandem fortemente. Com maiores receitas, teremos mais craques no Brasil e entraremos em um círculo virtuoso para o futebol brasileiro, com o objetivo de termos uma Liga entre as três maiores ligas do mundo” acrescentou Alessandro Barcellos, Presidente do Internacional e um dos líderes da LFF.

No modelo proposto pela LFF, distribuição de receitas para as Séries A, B e C do futebol brasileiro, equilíbrio na divisão das receitas, mobilidade, fair play financeiro e governança estão em linha com as grandes ligas da Europa.

“Com a Liga distribuindo receitas para as três maiores divisões do futebol brasileiro, asseguramos um modelo saudável desde a base até o topo da pirâmide”, salientou Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico Paranaense.

Após longa negociação para chegar a este acordo assinado nesta segunda entre a LFF, os clubes e os investidores, a expectativa é de conclusão de todos os processos de aprovação nos órgãos deliberativos dos clubes até o final de abril.

A LFF destaca que o seu interesse é “pela formação de uma liga no Brasil com a participação de 40 clubes, e que por isso continua aberta ao diálogo com todas as agremiações que tenham interesse na formatação de um modelo que fortaleça o futebol no país, no intuito de criar uma liga que possa se tornar uma das três maiores do mundo”.

“Este é um momento histórico. A LFF foi construída através de muito estudo e parceria entre os clubes, sempre de forma democrática e através da atuação de comitês que respeitam a representatividade de todos os clubes e decisões por maioria”, celebrou Mário Bittencourt, presidente do Fluminense.

“A atração de investidores para um projeto inclusivo e democrático é um marco importante. Não existe futebol brasileiro forte sem uma Série B pujante e nossos investidores parceiros compreenderam e apoiaram este princípio, inclusive financeiramente”, comentou Julio Heerdt, presidente do Avaí.

“O Atlético Mineiro sempre trabalhou pela construção da Liga unificada e, amanhã, começaremos uma nova fase em busca desse objetivo maior, sem abrir mão do que já conquistamos”, finalizou Sérgio Coelho, presidente do Atlético Mineiro.

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