Em linhas gerais, o licenciamento de marcas é um acordo em que uma empresa (licenciador) permite que outra empresa ou indivíduo (licenciado) use sua marca registrada em produtos ou serviços em troca de um pagamento ou royalties. Trata-se de um mecanismo estratégico para marcas que procuram expandir seus horizontes, conquistando novos mercados, enquanto os custos e riscos associados à produção e venda dos produtos licenciados ficam sob responsabilidade das empresas licenciadas.
Em um cenário altamente competitivo e dinâmico, as empresas precisam encontrar maneiras de se destacar no mercado e proteger sua propriedade intelectual.
Um programa de licenciamento bem planejado pode ser a chave para alcançar esses objetivos e obter resultados expressivos. Ao planejar cuidadosamente, as empresas podem acessar novos mercados e alavancar o prestígio da marca – muitas vezes, em proporções globais. No entanto, durante o processo de planejamento e execução, é preciso ter em mente que alguns cuidados são necessários.
A etapa da análise de categorias
A análise de categorias pode ser considerada o pontapé inicial de um plano de licenciamento de marcas, já que é através dessa etapa que se estabelece uma divisão da categoria dos produtos. É importante ressaltar que a nomenclatura das categorias pode variar de acordo com cada negócio – vestuários, brinquedos, artigos esportivos e videogames são exemplos de algumas categorias amplamente utilizadas no mercado de licenciamento de marcas.
Logo, do ponto de vista das marcas que estão dispostas a licenciar sua propriedade, a escolha dos tipos dos produtos a serem licenciados é uma etapa fundamental. Um exemplo prático: para uma produtora de desenhos animados infantis, estampar sua propriedade em bebidas alcoólicas pode prejudicar a reputação da marca. Sendo assim, com um bom planejamento, essa opção deve ser eliminada na análise de categorias.
Quais canais de venda?
Feita a análise das categorias de produtos, é hora de seguir para a próxima etapa do licenciamento: a definição dos canais de vendas. Neste ponto, a empresa determina como a marca licenciada será comercializada e distribuída para os consumidores finais. Essa etapa envolve a seleção de parceiros de negócios que sejam capazes de comercializar e promovê-la de maneira eficiente, ao mesmo tempo em que protegem a integridade e a imagem da marca.
O ideal é conseguir alcançar o máximo número de pessoas possível e, portanto, é preciso definir canais de vendas variados, com produtos de diferentes preços.
Prospecção de parceiros no licenciamento
Tendo os produtos e os canais de vendas pretendidos bem definidos no plano de licenciamento, a próxima etapa é justamente encontrar as empresas ideias para colocar a estratégia traçada em prática.
Existem duas abordagens para essa etapa do processo: a passiva e a ativa. A abordagem passiva é aquela em que a marca é procurada pelas indústrias que querem produzir e vender produtos licenciados, enquanto a ativa é o contrário – a própria marca, considerando todo o planejamento feito até esse ponto, vai para o mercado procurar indústrias que se encaixem na estratégia de licenciamento que a marca quer executar. Nesse caso, as etapas anteriores do plano de licenciamento devem embasar a prospecção de parceiros na jornada do licenciamento de marcas.
Ou seja: o planejamento estratégico é essencial para tirar um programa de licenciamento do papel e obter grandes resultados. Uma estratégia bem definida permite que a organização alcance seus objetivos comerciais de forma eficiente e sustentável. Sem um planejamento cuidadoso, a empresa corre o risco de perder tempo e recursos valiosos em iniciativas que não geram os resultados desejados.
Uma estratégia clara ajuda a empresa a identificar quais são as melhores oportunidades de licenciamento para investir recursos e esforços, e contar com um parceiro especializado para dirigir esse processo pode ser um diferencial valioso.
