Não foi adiante a ideia da Liga Alemã de Futebol (DFL) de fechar parceria com um fundo de capital privado para garantir investimentos bilionários em troca de participação nos direitos de transmissão da Bundesliga. A expectativa era embolsar € 2 bilhões e reverter aos clubes.
Segundo Hans-Joachim Watzke, presidente do conselho de supervisão da DFL, a proposta que permitiria a entrada de investidores externos não alcançou os dois terços de votos necessários para aprovação.
Dos 36 clubes profissionais que participaram da assembleia em Frankfurt, vinte foram favoráveis à ideia, 11 contra e cinco abstenções. Esta foi a terceira tentativa da DFL em ingressar no mercado de private equity, mas sem êxito.
“A partir de hoje, este assunto está concluído. Isso é democracia”, declarou Watzke, que também é CEO do Borussia Dortmund.
Entenda o modelo proposto
A ideia era de que os direitos da Bundesliga fossem repassados a uma subsidiária avaliada em US$ 18 bilhões. O negócio envolveria 20% do total da nova companhia, por US$ 3.6 bilhões.
Como a proposta foi revisada, com a participação a ser negociada caindo para 12.5% das receitas de mídia da Bundesliga pelo período de 20 anos, a oferta seria de € 2 bilhões.
Na concorrência pelos direitos, estavam a Advent, Blackstone e CVC, que, em 2021, adquiriu 10% dos direitos comerciais da LaLiga, da Espanha, por € 2.7 bilhões.