Desde o início da minha trajetória no esporte, há 27 anos, sempre tive o desejo de criar eventos.
Durante esse período, por diversas vezes, tenho trabalhado na comercialização de produtos de terceiros, tanto na intermediação, quanto na aquisição.
Trabalhar com produtos consagrados é sempre mais fácil, pois você comercializa algo que já tem valor, como um clube, um torneio, um atleta.
De 2019 a 2021, compramos parte dos direitos das propriedades de arena do Brasileiro Série A. Como soubemos comprar e vender bem, foi uma experiência financeira interessante.
Mas, desde o início já tinha ciência que se tratava de uma experiência com data de validade, afinal, hoje pode ser meu, amanhã será de outro.
Criar um projeto do zero é muito mais trabalhoso, uma vez que é preciso gerar valor para um produto que esta nascendo.
Conceber o nome, conceito, posicionamento e estruturar o projeto financeiramente é um desafio e tanto.
Em 2020, resolvemos experimentar esse novo desafio, e foi fundamental ter um parceiro com o mesmo desejo, e com conceitos similares.
A parceria com a Goolaço, do amigo Anderson Rubinatto, iniciou-se com a necessidade do mercado, que vislumbramos de criar muito mais do que um torneio de futebol feminino, mas sim uma semana para debatermos a modalidade através de palestras, ações sociais, e logicamente, o torneio de futebol.
Na primeira edição, ocorrida em 2021, começamos com o pé direito, ao realizarmos a final entre Santos e São Paulo no Allianz Parque, com Globo ao Vivo para o Brasil todo. Tivemos a menção, em duas oportunidades, por parte da FIFA.
Na segunda edição, levamos o evento para Araraquara e fizemos um esforço hercúleo ao trazer o Atlético de Madri. Tanto esforço e dedicação é recompensado quando escutamos no mercado, como o evento em pouco tempo se tornou referência, um benchmark.
Hoje, por exemplo, o colaborador de uma federação estadual, me pediu o plano comercial para utilização como referência em um projeto que estão desenvolvendo.
É preciso ter muita dedicação, resiliência para colocar um projeto novo de pé. Pelo caminho encontramos bons parceiros, mas também muita resistência, profissionais do meio que não tinham o menor interesse que o evento desse certo. Literalmente, nadamos contra a maré.
Mas nada mais gratificante que construir algo do zero, e depois desse projeto, vieram muitos outros, como esportes de areia e em breve anunciaremos um filho da Brasil Ladies Cup para as categorias de base.
Criar eventos gera estresse, é muito trabalhoso, mas vale cada suor derramado toda vez que colocamos eles de pé.