Mídia

FIFA fala em “preço justo” pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo Feminina e cobra emissoras

Presidente da entidade, Gianni Infantino disse que ofertas das emissoras de países europeus para o torneio ainda são "muito decepcionantes"

FIFA fala em “preço justo” pelos direitos de transmissão da Copa do Mundo Feminina e cobra emissoras
Mundial será disputado entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia

02 de maio de 2023

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Gianni Infantino, presidente da FIFA, voltou a fazer uma espécie de apelo aos grupos de mídia interessados em transmitir a Copa do Mundo de Futebol Feminino para que paguem o que chamou de “preço justo” pelos direitos.

O mandatário enfatizou que a entidade deu o exemplo ao aumentar a premiação em dinheiro a ser dividida pelas 32 seleções no Mundial de 2023 para US$ 152 milhões, o triplo do que foi pago em 2019 e dez vezes mais do que em 2015. Desta maneira, ele espera que a Fifa consiga vender os direitos de mídia do torneio por valores ainda maiores do que estão sendo ofertados até o momento. Segundo ele, países importantes estão negociando valores “muito decepcionantes” até o momento.

“As ofertas das emissoras, principalmente dos países europeus do Big 5 [Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e França], ainda são muito decepcionantes e simplesmente inaceitáveis ​​com base em quatro critérios. Em primeiro lugar, 100% de qualquer taxa de direitos paga irá direto para o futebol feminino, em nosso movimento para promover ações em prol da igualdade de condições e remuneração. Em segundo lugar, as emissoras públicas, em particular, têm o dever de promover e investir no esporte feminino”, disse Infantino.

“Em terceiro lugar, os números da Copa do Mundo Feminina da Fifa são 50-60% da Copa do Mundo Masculina, que por sua vez são os mais altos de qualquer evento, mas as ofertas das emissoras nos países europeus do Big 5 para são de 20 a 100 vezes menos do que para o Mundial Masculino. Finalmente, e especificamente, enquanto as emissoras pagam US$ 100-200 milhões pela Copa do Mundo Masculina, elas oferecem apenas US$ 1-10 milhões para a Copa do Mundo Feminina. É um tapa na cara de todas as grandes jogadoras da Copa do Mundo Feminina e, na verdade, de todas as mulheres do mundo”, acrescentou.

O torneio será disputado de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia.

“Para deixar bem claro, é nossa obrigação moral e legal não subestimar a Copa do Mundo Feminina da Fifa. Portanto, se as ofertas continuarem não sendo justas, seremos obrigados a não transmitir o torneio para os países europeus do Big 5. Convido, portanto, todos os jogadores, mulheres e homens, além de torcedores, dirigentes de futebol, presidentes, primeiros-ministros, políticos e jornalistas de todo o mundo a se juntarem a nós e apoiarem este apelo por uma remuneração justa do futebol feminino. As mulheres merecem. Simples assim”, finalizou Infantino.

No Brasil, Copa do Mundo Feminina será multiplataforma

No mercado brasileiro, não faltarão opções para que os fãs de futebol assistam ao torneio. Na TV aberta, os direitos foram comprados pela Globo, enquanto na TV fechada ficaram com o Sportv. Na internet, o Grupo Globo exibirá os jogos no GE, bem como no streaming Globoplay.

Já Casimiro anunciou que a Copa será transmitido na Cazé TV, tanto no canal do YouTube como no canal da Twitch.

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