Atletas

Relatório destaca que 30% das jogadoras da Copa do Mundo Feminina 2023 não recebem pagamento

Levantamento da Fifpro também aponta que 70% das jogadoras que disputarão o Mundial não contam com suporte médico

Relatório destaca que 30% das jogadoras da Copa do Mundo Feminina 2023 não recebem pagamento
Sarah Gregorius discursa para jogadores e sindicatos na Fifpro House, na Holanda

22 de junho de 2023

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Um relatório divulgado pela Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (Fifpro) mostrou que as atletas que jogarão a Copa do Mundo Feminina 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, entre 20 de julho e 20 de agosto, estão sob condições precárias de saúde e treinamento, com muitas delas sem receber pagamento durante as Eliminatórias.

Aproximadamente 30% das jogadoras internacionais entrevistadas para o relatório afirmaram que jogaram sem receber remuneração, enquanto 70% disseram ter tirado licença não remunerada de seus empregos para representar seu país durante a competição que se aproxima.

A pesquisa com jogadoras das seis confederações da entidade que comanda o futebol mundial também constatou que 54% delas não realizaram exames médicos pré-torneio, enquanto 70% não passaram por monitoramento cardíaco antes do início das Eliminatórias, e 39% não tiveram acesso a apoio de saúde mental.

“Qualquer estatística abaixo de 100% em acesso a exames médicos importantes é inaceitável. Queremos apenas trabalhar com quem estiver disposto a trabalhar conosco, especialmente a Fifa e as confederações, para entender por que isso acontece e como podemos evitar que isso se repita, porque certamente isso não deveria ser aceitável para ninguém”, disse Sarah Gregorius, líder de futebol feminino da Fifpro.

Por questões de segurança em relação às próprias atletas, o relatório não detalha o nome nem o país das jogadoras que participaram das entrevistas.

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