Coluna

A história esquecida dos esportes: da pedra à nuvem

Alguma vez, como fã de esportes, você se perguntou quais e como eram eles na antiguidade?

A história esquecida dos esportes: da pedra à nuvem
Foto: Etienne-Jules Marey (1890)/Collection Musée Marey, Beaune, France

11 de julho de 2023

4 minutos de Leitura

Adalberto Generoso
Adalberto Generoso
CoFundador e CEO da Yapoli, empreendedor serial com mais de 10 anos de experiência em tecnologia, marketing e digital e vencedor de 3 Cannes Lions.

Alguma vez, como fã de esportes, você se perguntou quais e como eram eles na antiguidade?

Se a resposta é sim, provavelmente deve ter pensando nas antigas Olimpíadas Gregas, nas lutas de gladiadores ou no “futebol” pok-ta-pok dos povos mesoamericanos, jogado com os quadris com uma bola maciça de borracha. Imaginou participar de algum desses? Muitas “partidas” terminaram em morte do derrotado…

Sabemos desses esportes, originalmente, pelos escritos e evidências arqueológicas gregas, romanas ou dos conquistadores espanhóis na América.

São ótimos exemplos, porém, muito recentes.

Como será que praticavam esporte, se é que o praticavam, os caçadores coletores do neolítico?

Algumas pistas podem ser obtidas por meio de registros arqueológicos como as pinturas rupestres da caverna de Lascaux na França, estimadas em 17.000 anos, que apresentam imagens que podem representar luta livre ou corridas, mas não se tem certeza concreta.

Os arqueólogos imaginam que os primeiros esportes tinham a ver com as experiências cotidianas desses povos, como caça (corrida) e desentendimentos ou guerras (luta livre). Mas também é uma conjectura, afinal, a arqueologia é uma ciência, porém inexata.

O que afeta nosso atual entendimento sobre os esportes antigos? Por que sabemos mais sobre os antigos gregos, romanos e chineses do que os caçadores do neolítico? Será o fato de uns serem mais antigos que outros?

Isso ajuda, é óbvio, mas na realidade o que os diferencia é a escrita.

Quanta informação se perdeu acerca de estilos de vida, história, descobrimentos e, inclusive, esportes? Você tem alguma ideia?

Agora, pense nos esportes dos dias atuais. Hoje temos informações sobre as partidas lance a lance, corridas volta a volta, numa profusão de informes, som e imagem que fica armazenada durante longo tempo na internet, propiciando criar estatísticas primorosas que nos extasiam.

O que garante que isso continuará no futuro ou que essa informação toda continue acessível por, digamos, 100 anos?

Os especialistas creem que a perderemos do mesmo modo que ficamos sem a maioria das informações do passado e, ainda pior, porque os meios em que está armazenada hoje são efêmeros.

Isso porque nossos meios de armazenamento de informações atuais foram feitos para serem descartáveis, pois se imagina que a informação é fluida e acabará cedo ou tarde presente na web. Mito!

Num recente exemplo, a NASA perdeu praticamente toda a informação gravada em fitas, da viagem do homem à Lua, simplesmente porque, entre as décadas de 1970 e 1980, reutilizou-as para gravar outras informações! A sorte é que muita coisa estava também em outros lugares e pôde ser recuperada. Entretanto, nunca devemos confiar só na sorte.

As fitas se apagam ou tornam-se ilegíveis, os papéis se deterioram, a informação que uma pessoa tem na mente se perde quando ela morre sem passá-la para frente. E, convenhamos, pedras, paredes de caverna, utensílios de barro cozido, mesmo madeira, tudo isso é muito melhor para manter a informação acessível por mais tempo, do que nossos meios atuais, quando bem armazenados.

Apesar de que os cientistas estão em busca de maneiras duradouras de armazenar muita informação (memórias holográficas em cristal, armazenamento em DNA, apenas para citar os mais conhecidos), e essas são tecnologias para o futuro e ninguém garante que as gerações vindouras conseguirão lê-las, da mesma forma que não sabemos o que está escrito em nosso disquete de 31/2”.

Mas não é por isso que devemos negligenciar as informações hoje. Este momento é nosso e devemos evitar perdê-lo.

Algumas tecnologias recentes, baseadas na nuvem para a internet, permitem criar, manter, distribuir para as pessoas corretas e, principalmente, acessar de forma simples, as informações que uma corporação – inclusive a sua – necessita para funcionar de forma mais eficiente e econômica.

Uma ferramenta confiável e que permite manter o histórico de sua corporação é o DAM – Digital Asset Management (Gestão de Ativos Digitais), imprescindível para sua organização fazer tudo o que falamos nos parágrafos anteriores e mais, a fim de que ela não se torne, também, um assunto arqueológico.

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