Mídia

Abert recorrerá de vitória do Athletico-PR pelo direito de cobrar por transmissões no rádio

Decisão, entretanto, ainda não é definitiva e deve ser analisada por instâncias superiores

Abert recorrerá de vitória do Athletico-PR pelo direito de cobrar por transmissões no rádio
Arena da Baixada — Foto: Flávio Darin/RPC

31 de julho de 2023

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Na última sexta-feira (28), o Athletico-PR obteve na Justiça o direito de cobrar pelas transmissões de suas partidas no rádio. A decisão favorável ao Furacão foi expedida pela 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná.

Desta maneira, ao menos por enquanto, o clube poderá vender pacotes de transmissão de suas partidas de futebol para rádios.

“[A decisão] traz adequação a uma realidade que já é praticada nos maiores centros do futebol mundial, inclusive pela Fifa nas Copas do Mundo”, afirmou o clube, em um comunicado oficial.

A citação se refere ao movimento da Fifa que vendeu para a Rádio Transamérica poder transmitir os jogos da Copa do Mundo Feminina.

O clube ainda justificou que “o futebol encareceu e a tecnologia dos meios de comunicação e sua acessibilidade evoluíram”. Por fim, o CAP ainda destacou que defende a pauta há 15 anos.

“Com essa decisão, o CAP estabelece um tratamento justo e equilibrado em termos econômicos ao Direito de Arena explorado pelas rádios em suas transmissões e atribui devida contrapartida ao clube e seus jogadores, protagonistas do espetáculo desportivo”, disse a nota.

O outro lado

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) publicou uma nota, classificando a decisão como “afronta à legislação”. A associação reafirmou que o Athletico-PR briga pela cobrança radiofônica desde 2008, porém lembrou que a primeira transmissão futebolística ocorreu pelo rádio, em 1931.

“Trata-se, portanto, de um direito social conquistado pelo cidadão brasileiro, que desde os primórdios do rádio permite que as emissoras tenham acesso gratuito ao estádio para a transmissão livre e aberta a todos os ouvintes do esporte, principalmente a população de baixa renda”, afirmou a nota. A Abert declarou ainda que recorrerá a instâncias superiores.

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