Nos últimos 10 anos, as competições de surfe passaram a ganhar ainda mais visibilidade no mundo, com atletas se destacando no mercado publicitário, competições televisionadas e até mesmo a adição do esporte no programa olímpico, com sua estreia em Tóquio-2020. Mas antes disso, a modalidade sofreu com dificuldades financeiras e até mesmo preconceito de marcas e apoiadores, o que tornou o caminho dos “precursores” do surfe ainda mais árduo.
Com isso em mente, planejar-se para o futuro tornou-se uma meta para o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho.
Fora das competições do WSL desde 2021, o campeão mundial de 2015 passou a dedicar-se a outras atividades “fora d’água”, e tornou-se embaixador de uma empresa focada na gestão de patrimônio e planejamento financeiro, a Redoma Capital.
A empresa possui larga experiência no cuidado com atletas e, especialmente, em garantir que o pós-carreira de esportistas seja saudável, como é o caso de Mineirinho. Além do apoio da Redoma, o ex-surfista empreende em lojas, restaurantes, hotéis e até mesmo um clube de surfe.
“Estamos muito orgulhosos com essa parceria, com nosso querido Mineirinho, um atleta que gerou tantas alegrias para os brasileiros amantes de surfe. Tê-lo como embaixador e ajudá-lo a levar para o meio do surfe uma questão tão importante como o cuidado com as finanças, o planejamento financeiro e a gestão patrimonial, é essencial. A carreira de um atleta é muito curta, e esse trabalho precisa começar o mais breve possível”, disse o CEO da Redoma Capital, Henning Sandtfoss.
Em seu período no Circuito Mundial, Mineirinho foi apelidado de “Capitão” da legião de brasileiros que passava a surgir no circuito, com nomes como Gabriel Medina, Filipe Toledo e Ítalo Ferreira. A razão era simples: Adriano passou 16 temporadas na elite do surfe mundial.
Seu título do WSL em 2015 coroou uma carreira entre os “tops” do mundo, e abriu caminho para outras empreitadas do surfista, como ser treinador da seleção Italiana, cargo que ocupa atualmente, e embaixador de etapas e campeonatos.
“Venho de uma era em que era muito difícil ter patrocínio e ser reconhecido como surfista profissional. Não tínhamos a imagem e a visibilidade que temos hoje. Cuidei muito do meu dinheiro e isso precisa servir de exemplo para os mais jovens. Conto muito com a equipe da Redoma para me ajudar a manter e organizar minhas finanças. É muito importante termos bons profissionais ao nosso redor para pensarmos apenas em nossa profissão”, acrescentou Mineirinho, de 36 anos.
“Já estou com minha carreira de treinador em andamento e, aos poucos, vou tendo mais responsabilidade e aprendizado sobre a parte técnica. No futuro, espero me tornar 100% treinador. Mas enquanto ainda tenho um pouco mais de energia, ainda me vejo competindo eventos no circuito brasileiro, e devo encerrar minha carreira como atleta profissional aos 38 anos, que é o que almejo”, finalizou.