A Associação de Tênis Feminino (WTA) estuda a possibilidade de levar eventos para a Arábia Saudita, país que tem realizados diversos investimentos na área esportiva.
A organização confirmou no ano passado que o país havia manifestado interesse em realizar um evento feminino de tênis. No entanto, o CEO da WTA, Steve Simon, admite que a Arábia Saudita apresenta “grandes problemas” como potencial anfitrião.
“Não tomamos nenhuma decisão ou entramos em nenhuma negociação formal. Eles estão conversando com muitos esportes diferentes agora”, afirma Simon.
Entre as questões consideradas problemáticas nessa relação com a entidade que representa a elite do tênis feminino mundial estão os direitos das mulheres e da população LGBTQIA+.
Mesmo deixando claro alguns dos entraves, Simon falou sobre o sucesso da turnê que a WTA realizou no Catar. O executivo afirma que tem observado “enormes avanços” da Arábia Saudita na área de direitos humanos.
“É um tema muito difícil e desafiador, que está sendo medido por muitos grupos agora. Em fevereiro, fui à Arábia Saudita para ver por mim mesmo. Levamos algumas jogadoras também. Queríamos ver qual era a mudança. Eles têm um longo caminho a percorrer, mas fizeram grandes avanços”, acrescentou Simon.
De acordo com ele, as jogadoras da WTA têm participado das discussões sobre a Arábia Saudita e que a segurança de atletas lésbicas no país árabe é considerada uma questão sensível.
“Quero entender qual seria a percepção delas. Esta é uma grande questão. É polêmica e eu valorizo a voz delas. Ainda há toneladas de questões na Arábia Saudita em relação à comunidade LGBTQI+, que precisam ser resolvidas. Tivemos diálogos e vamos continuar conversando”, finalizou.
