O Real Madrid apresentou reclamação formal ao Tribunal Nacional da Espanha contra o novo modelo de distribuição de receitas de TV de LaLiga. O foco está no fato da entidade reservar cerca de € 130 milhões para premiar os clubes que mais promovem o produto.
Esse valor corresponde a 25% das receitas distribuídas aos times que é determinada por um indicador que pesa fatores como receita média de assinaturas e bilheteria, audiências na TV e engajamento em redes sociais. De agora em diante, um terço desse total será distribuído com base em como as transmissões são apoiadas.
Os outros 75% continuarão sendo divididos de acordo com os mesmos critérios estabelecidos pelo governo federal em 2015, que estabelecem que 50% seja distribuído em partes iguais e 25% pelo desempenho esportivo.
Real Madrid e Barcelona, por outro lado, possuem um mínimo garantido de € 140 milhões, valor que ganhavam antes que houvesse a comercialização conjunta dos direitos entre os 20 clubes da elite do Campeonato Espanhol.
Também entram na distribuição os clubes que oferecem conteúdos adicionais solicitados por LaLiga e emissoras parceiras, os chamados Club Video Days e Media Days. Se houver desafios de atletas, entrevistas exclusivas e demais gravações, os times ganham um bônus.
O Real Madrid, porém, quer que essa mudança seja suspensa. O clube não quer ser “punido” caso não queira participar dessas iniciativas propostas por LaLiga para promoção do produto.
Agora, o Real Madrid pede a suspensão dessas modificações, mantendo o acordo que premia basicamente a capacidade de os clubes promoverem o engajamento de suas torcidas.
Por esse critério, o Real Madrid foi o clube que mais faturou nessa parte da divisão de receitas audiovisuais de LaLiga na temporada 2021/2022, exatos € 160.85 milhões.
