Wimbledon é sem dúvida um dos quatro grandes torneios do Grand Slam de tênis. O torneio mais que centenário, possui um elevado compromisso com a tradição britânica. Apesar disso, nem só dos gramados clássicos e das histórias longevas vive a competição mais prestigiosa do esporte.
Referência tecnológica do torneio, o sistema Hawk-Eye, adquirido pelo grupo Sony, vem contribuindo há mais de uma década com a glamorosa competição, oferecendo recursos às transmissões e adicionando tecnologia nas análises.
Desde 2007, Wimbledon permite que os jogadores contestem a decisão do árbitro utilizando a tecnologia. O recurso gera uma imagem com o “momento” em que a bola toca no chão, disponibilizando um replay de elevada precisão.
Criada em 2001, por Paul Hawkins, a Hawk-Eye criou o conceito de detecção (com base em tecnologia de detecção de mísseis). Tornando-se uma empresa do Grupo Sony em 2011, a companhia ganhou fama global após a introdução do Challenge System nas principais competições de tênis pelo mundo.
Inicialmente criado apenas para transmissões esportivas, a tecnologia passou agora a ser utilizada também como instrumento de estratégia das equipes e como um método tecnológico de análise.
Em quase todas as modalidades, a empresa possui parcerias com 23 dos 25 maiores detentores de direitos de transmissão do mundo. Ele alimenta o sistema de revisão de decisões, DRS do críquete, além de fornecer serviços de rastreamento para a MLB e produzir recursos de vídeo para a NFL.
Hawk-Eye no futebol
O sistema ajudou a arquitetar duas das maiores mudanças no futebol, com a Tecnologia da Linha do Gol e o Árbitro Assistente de Vídeo (VAR). A próxima grande inovação que a empresa busca difundir é o impedimento semiautomático.
O Hawk-Eye acredita que o método computacional irá ajudar a indústria esportiva em sua transição tecnológica, evoluindo de um fornecedor técnico para um parceiro verdadeiramente colaborativo.
Os criadores e desenvolvedores da companhia, almejam permanecer auxiliando os organizadores dos eventos na busca de maximizar os investimentos em tecnologia de arbitragem. O grupo visa criar novos fluxos de receita baseados em dados.